10 raças extintas de animais que poderiam voltar à vida

A ideia de trazer de volta raças extintas de animais, antes confinada à ficção científica, está se tornando uma possibilidade real graças aos avanços na engenharia genética.

Cientistas em todo o mundo estão explorando a “desextinção” (o processo de reviver espécies desaparecidas) utilizando técnicas como edição genética e clonagem.

No entanto, é importante destacar que essas iniciativas não visam recriar cópias exatas dos animais extintos, mas sim modificar geneticamente espécies existentes para que desempenhem papéis ecológicos semelhantes aos das extintas.

É impossível falar de “desextinção” sem lembrar do clássico filme “Jurassic Park” (1993) e de como tudo deu errado na tentativa. Imagem: Universal Pictures / Divulgação

A escolha de quais raças extintas reviver não é arbitrária. Os cientistas consideram fatores como a viabilidade genética, o impacto ecológico positivo e a possibilidade de reintegração ao ambiente natural.

Espécies que desempenhavam papéis cruciais em seus ecossistemas ou que podem ajudar na mitigação das mudanças climáticas são frequentemente priorizadas. Além disso, a desextinção pode servir como uma ferramenta de conservação, aumentando a conscientização sobre a importância da biodiversidade e dos esforços para proteger as espécies ameaçadas atualmente.

A seguir, apresentamos 10 raças extintas de animais que estão sendo consideradas para possíveis projetos de desextinção, destacando os motivos pelos quais sua volta poderia beneficiar o meio ambiente e a ciência.

Raças extintas de animais que poderiam voltar à vida

Mamute Lanoso

Ilustração 3D de mamute andando em paisagem com vegetação rasteira
(Imagem: Aunt Spray/Shutterstock)

O mamute lanoso, extinto há cerca de 4.000 anos, é um dos candidatos mais emblemáticos à desextinção. Cientistas estão trabalhando na inserção de genes do mamute em embriões de elefantes asiáticos, seu parente mais próximo.

A reintrodução desses animais nas estepes siberianas poderia ajudar a restaurar ecossistemas antigos e a combater o aquecimento global, pois sua atividade ajudaria a manter o permafrost congelado.

Tigre-da-Tasmânia (Tilacino)

tigre da tasmânia
(Imagem: Reprodução)

O tilacino, também conhecido como tigre-da-Tasmânia, foi extinto na década de 1930. Pesquisadores australianos estão explorando a possibilidade de reviver essa espécie por meio de clonagem e edição genética. Sua reintrodução poderia ajudar a controlar populações de espécies invasoras, como raposas e coelhos, restaurando o equilíbrio ecológico na Tasmânia.

Dodô

Representação de um dodô
Outro animal que pode ser “desextinto” é a ave africana dodô. Crédito: Colossal Biosciences

O dodô, extinto no século XVII, tornou-se um símbolo da extinção causada por atividades humanas. Cientistas estão tentando recuperar DNA suficiente para clonar o dodô, utilizando pombos como espécies hospedeiras. A reintrodução do dodô em seu habitat original, agora protegido, poderia servir como um poderoso lembrete da importância da conservação.

Pombo-Passageiro

Imagem: Domínio Público/Reprodução

O pombo-passageiro, que uma vez voou em enormes bandos pela América do Norte, foi extinto no início do século XX devido à caça excessiva e à perda de habitat. Projetos de desextinção visam restaurar essa espécie para ajudar na regeneração de florestas e na manutenção da biodiversidade.

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Quagga

Última quagga viva
Última quagga do mundo morreu em 1936 (Imagem: Domínio público)

O quagga, uma subespécie da zebra, foi extinto no século XIX. Iniciativas de reprodução seletiva estão tentando recriar animais com características semelhantes às do quagga original. A reintrodução desses animais nas planícies africanas poderia contribuir para a diversidade genética e ecológica da região.

Alce-Gigante

(Imagem: Charles R. Knight/Reprodução)

O alce-gigante, também conhecido como cervo-gigante, era uma espécie de cervídeo de grande porte que habitava a Eurásia. Sua reintrodução poderia ajudar a restaurar paisagens abertas e a promover a biodiversidade em regiões onde grandes herbívoros estão ausentes.

Leão-das-cavernas

Imagem: Roman Uchytel

O leão-das-cavernas, extinto há cerca de 12.000 anos, era um dos maiores felinos que já existiram. Embora sua reintrodução seja controversa, estudos sobre seu DNA podem fornecer insights valiosos sobre a evolução dos grandes felinos e ajudar na conservação de espécies atuais.

Rinoceronte-lanoso

Imagem: Getty Images/Reprodução

O rinoceronte-lanoso, adaptado ao clima frio, desapareceu há cerca de 10.000 anos. A desextinção dessa espécie poderia contribuir para a restauração de ecossistemas de tundra e para estudos sobre adaptação ao frio, beneficiando a conservação de espécies semelhantes ameaçadas atualmente.

Tigre-dente-de-sabre

Imagem: AKKHARAT JARUSILAWONG/Shutterstock

O tigre-dente-de-sabre, famoso por seus longos caninos, foi extinto há cerca de 10.000 anos. Embora a recriação dessa espécie seja tecnicamente desafiadora, pesquisas sobre seu DNA podem ajudar a entender melhor a evolução dos predadores e a dinâmica dos ecossistemas passados.

Auroque

Imagem: Charles Hamilton Smith/Domínio Público

O auroque, ancestral do gado doméstico, foi extinto no século XVII. Projetos de reprodução seletiva estão tentando recriar animais com características semelhantes às do auroque original. A reintrodução desses animais poderia ajudar na gestão de pastagens e na promoção da biodiversidade em áreas rurais.

Apesar do entusiasmo em torno da desextinção, é crucial considerar os desafios éticos e ecológicos envolvidos. A reintrodução de espécies extintas pode ter impactos imprevisíveis nos ecossistemas atuais, e os recursos investidos nesses projetos poderiam ser direcionados para a conservação de espécies ameaçadas existentes. Além disso, questões sobre o bem-estar animal e a integridade genética devem ser cuidadosamente avaliadas.

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