Todos os que gostam de jogar no PC sempre querem ter boas performances de jogabilidade, no que diz respeito a hardwares, ou seja, ter uma “boa máquina” para que o jogo corra “liso”. O pensamento corrente é que quanto mais potente for o computador em questão, melhor.
O universo dos games para PC evolui rápido, mas alguns mitos continuam teimosamente vivos. Seja por desinformação ou por marketing exagerado, muita gente ainda acredita em ideias que já foram derrubadas pela prática e pela tecnologia atual. Vamos explorar seis mitos comuns sobre jogos de PC gamer que você precisa deixar para trás de uma vez por todas.
6 mitos sobre jogos de PC gamer que você precisa saber
1. Mais FPS sempre significa melhor experiência
Nem sempre é o caso. A obsessão por altas taxas de quadros levou muitos jogadores a acreditar que quanto mais FPS, melhor. E embora rodar a 120 ou 144 FPS seja ótimo em certos gêneros (como jogos
competitivos), isso não quer dizer que sempre será a melhor opção.
Em RPGs narrativos, aventuras ou jogos de mundo aberto, uma taxa de 60 FPS estáveis com visual mais refinado pode ser mais agradável do que sacrificar qualidade gráfica só para alcançar 200 FPS. E mais: seu monitor precisa acompanhar esse ritmo – não adianta buscar 240 FPS se sua tela não puder acompanhar.
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2. Todo jogo mal otimizado é culpa da sua máquina
Às vezes, o problema está no jogo mesmo!
Você já ajustou todas as configurações, atualizou drivers, testou diferentes resoluções… e o jogo continua rodando mal? Talvez a culpa não seja do seu PC, e sim da otimização ruim do jogo.

Vários títulos recentes chegaram ao mercado com problemas sérios de desempenho, mesmo em máquinas high-end.
Isso inclui stuttering, uso ineficiente da GPU/CPU e bugs gráficos. Nesses casos, nenhum hardware de ponta resolve. É melhor aguardar atualizações e patches do que tentar resolver sozinho algo que veio quebrado de fábrica.
3. Jogos no PC são sempre mais bonitos que nos consoles
Nem sempre – depende da versão e do cuidado do estúdio. Embora o PC tenha potencial para entregar gráficos superiores, nem todo jogo faz bom uso desse poder. Muitos “ports’ (adaptações feitas para outras plataformas) são feitos com pressa ou sem a devida atenção, resultando em gráficos abaixo do esperado, bugs ou desempenho inferior.
Além disso, os consoles modernos usam técnicas como reconstrução de imagem, upscaling inteligente e tempo de carregamento otimizado, o que pode tornar a experiência muito próxima – ou até superior – à do PC, especialmente em lançamentos mal adaptados.

4. Memória RAM acima de 32 GB melhora o desempenho nos jogos
Pode ser exagero. Com a queda no preço da RAM, muita gente decidiu instalar 64 GB ou mais achando que isso traria uma vantagem em jogos. Mas a verdade é que a maioria dos títulos modernos ainda não utiliza nem 20 GB de RAM.
Para quem joga em 1080p ou 1440p, 16 a 32 GB de RAM de boa qualidade e em dual-channel é mais do que suficiente. Acima disso, o ganho é imperceptível na maioria dos cenários. O excesso pode ser útil para multitarefa pesada (streaming e edição de vídeo), mas não melhora FPS ou estabilidade nos jogos.
5. Overclock sempre vale a pena para jogar melhor
Nem todo mundo precisa disso. Overclock pode, sim, aumentar o desempenho – mas não sem riscos. Eleva o consumo de energia, gera mais calor e exige refrigeração adequada. E para a maioria dos jogadores, o ganho de FPS é mínimo, especialmente se já estiver usando hardware recente.
Hoje, as CPUs e GPUs já vêm com modos de “turbo” e algoritmos inteligentes que equilibram desempenho e temperatura. Se você está jogando com folga e sem travamentos, forçar overclock só vai reduzir a vida útil do seu sistema.

6. Jogar com teclado e mouse é sempre melhor do que com controle
Depende do tipo de jogo. É verdade que teclado e mouse oferecem mais precisão – especialmente em shooters. Mas em gêneros como corrida, plataforma, RPG de ação e jogos de luta, o controle pode oferecer uma experiência mais confortável e natural.
Vários jogos para PC são pensados com suporte nativo a controle, inclusive com recursos como resposta tátil e gatilhos adaptativos. E, nos últimos anos, o suporte ao DualSense e ao controle do Xbox se tornou padrão. O melhor periférico é aquele que se encaixa no estilo de jogo – não o que é “mais popular”.
Hora de jogar com mais consciência
O mundo dos jogos para PC está sempre mudando, mas muitos mitos continuam circulando por fóruns e redes sociais. Entender os limites reais do hardware, saber reconhecer jogos mal otimizados e usar a tecnologia de forma consciente pode melhorar sua experiência muito mais do que seguir conselhos ultrapassados.
Agora que você conhece esses mitos, é hora de repensar o que realmente importa: desempenho estável, conforto visual e diversão – com ou sem buzzwords.
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