O Google assinou mais um acordo para acelerar o desenvolvimento de seus data centers, essenciais para serviços na nuvem e inteligência artificial (IA). A parceria foi fechada com a energyRe, desenvolvedora estadunidense de projetos de energia renovável em larga escala.
O contrato permite ao Google investir e comprar Créditos de Energia Renovável (RECs, na sigla em inglês) de um portfólio de mais de 600 MW de novos projetos de energia solar com armazenamento em desenvolvimento pela energyRe na Carolina do Sul (EUA).
Esta é a segunda colaboração do Google com a empresa, que, combinadas, fornecerão mais de 1 GWac (GWac é a capacidade máxima de geração de energia que a usina tem em condições de funcionamento normal) de nova capacidade limpa para a rede.
O portfólio nacional da energyRe inclui o desenvolvimento de energia solar em larga escala, transmissão de alta tensão, energia eólica onshore e offshore, geração distribuída e ativos de armazenamento em mercados ao redor dos Estados Unidos.
Compromissos a longo prazo do Google
- O acordo atende às necessidades energéticas da região com energia renovável de origem local e ao compromisso do Google de atingir emissões líquidas zero de carbono em suas operações até 2030, segundo o comunicado;
- No ano passado, a big tech prometeu investir US$ 20 bilhões (R$ 112,92 bilhões, na conversão direta) para construir usinas de energia zero carbono suficientes para fornecer eletricidade a data centers em parceria com Intersect Power e TPG Rise Climate;
- Mais recentemente, em janeiro, o Google assinou contrato para comprar mais de 700 megawatts em projetos solares em Oklahoma (EUA) da Leeward Renewable Energy;
- “Fortalecer a rede elétrica por meio da implantação de energia mais confiável e limpa é crucial para dar suporte à infraestrutura digital da qual empresas e indivíduos dependem”, disse Amanda Peterson Corio, Chefe de Energia de Data Centers do Google.
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Energia limpa é tendência
Outras grandes empresas de tecnologia também firmaram metas para zerar emissões em suas redes até 2030. Em março, a Microsoft comprou 475 megawatts de três projetos de energia solar da fornecedora de energia AES nos EUA, por exemplo.
O governo brasileiro está de olho na tendência e está prestes a zerar impostos federais de data centers para tentar atrair empresas que buscam novos locais de instalação com fonte de energia renovável.
Nas próximas semanas, a proposta da política nacional de data centers será apresentada como medida provisória, com validade imediata, para análise do Congresso Nacional. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve nos EUA recentemente para se reunir com representantes de big techs, como relatou o Olhar Digital.
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