A Uber já passou por algumas mudanças. Você deve se lembrar do Uber Eats, que deixou de funcionar no começo de 2022. Já no mês que vem, a aba “Mercado” vai acabar. Mas essa não é uma tentativa de diminuir serviços, pelo contrário: a empresa quer aumentar seu escopo e se tornar um ‘super app’.
Durante uma participação no podcast Greylock Partnerts (de investimentos), o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, deu detalhes sobre os caminhos da companhia para se tornar mais do que apenas um aplicativo de corrida.
Uber está fechando parcerias em diversos setores
A Uber não vai parar de oferecer corridas – esse continua sendo o foco. No entanto, a empresa começou a fechar parcerias para expandir sua atuação em outros setores, visando conectar pessoas a serviços.
Um deles é o de delivery de comida. Exemplo disso é a parceria com o iFood, anunciada na semana passada. Na prática, os aplicativos vão oferecer viagens e serviços de delivery de forma conjunta. Basicamente, vai dar para pedir comida no Uber e reservar caronas no iFood, sem precisar alternar entre os apps. O Olhar Digital deu os detalhes aqui.
Poucos dias depois, a empresa de corridas anunciou que vai acabar com a aba de Mercado no Brasil. Isso porque o iFood, seu mais novo parceiro, já conta com esse serviço.
E não é só na comida. Como lembrou o Uol, desde 2023 a Uber tem parceria com a empresa Tembici para oferecer aluguel de bicicletas, e no início do ano se juntou à Viação Mimo para oferecer serviço de fretado entre Guarulhos e São Paulo.
Uber vai se tornar um super app
Ao que tudo indica, a Uber quer se tornar um aplicativo para tudo. Em breve, você poderá reservar caronas, fazer mercado, pedir comida e alugar bicicletas em um só lugar, para começar.
A empresa não é a primeira que está mirando se tornar um ‘super app’. Elon Musk quer transformar o X em algo deste tipo, reunindo recursos de redes sociais, finanças, jogos e mais em um único aplicativo. Sam Altman, CEO da OpenAI e rival de Musk, tem a mesma ambição. Saiba mais aqui.
Khosrowshahi, da Uber, também. Durante o podcast, ele revelou que a empresa tem se concentrado no que faz de melhor (as caronas). Para o que não for o foco, a companhia vai fechar parcerias. Ele até fez uma comparação com a Amazon, dizendo que, se a rival é uma empresa de entregas “para o próximo dia”, a Uber quer ser “da próxima hora”.
Ainda de acordo com o CEO, a parceria com o iFood no Brasil faz parte da missão da companhia de “ir a qualquer lugar, conseguir qualquer coisa”.
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E não só no Brasil:
- A Uber também adota essa estratégia nos Estados Unidos;
- Por lá, o Eats continua operando, inclusive com opção de entrega com robôs autônomos;
- A empresa também tem parceria com a Waymo (da Alphabet, controladora do Google) para fornecimento de robotáxis nas cidades de Austin (no Texas) e Phoenix (no Arizona).
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