O Departamento de Justiça dos EUA informou a prisão de 270 pessoas envolvidas em um complexo esquema de tráfico de drogas. Além das prisões, a Operação RapTor também confiscou mais de R$ 1,1 bilhão em dinheiro e criptomoedas, bem como apreensões recordes de drogas, armas de fogo e produtos falsificados.
Das 270 prisões, 3 delas foram realizadas no Brasil. A operação contou com o apoio da Polícia Civil do Estado do Pará e da Polícia Civil do Estado do São Paulo.
Liderada pela JCODE (Joint Criminal Opioid and Darknet Enforcement), a ação também contou com o apoio de 14 agências americanas, cinco alemãs, três holandesas, duas britânicas, duas francesas, duas suíças, bem como por autoridades da Coreia do Sul, Espanha, e Áustria.
“Esta apreensão internacional histórica de armas de fogo, drogas letais e fundos ilegais salvará vidas”, disse Pam Bondi, Procuradora-Geral dos EUA.
“Os criminosos não podem se esconder atrás de telas de computador nem buscar refúgio na dark web — o Departamento de Justiça identificará e eliminará ameaças ao povo americano, independentemente de onde elas se originem.”
Law Enforcement Seize Record Amounts of Illegal Drugs, Firearms, and Drug Trafficking Proceeds in International Operation Against Darknet Trafficking of Fentanyl and Opioids; 270 Arrested Across Four Continents
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— Criminal Division (@DOJCrimDiv) May 22, 2025
Operação RapTor confisca mais de R$ 1,1 bilhão em dinheiro e criptomoedas em quatro continentes
O Departamento de Justiça dos EUA aponta que a Operação RapTor é uma sequência da Operação SpecTor, realizada em maio de 2023. Na data, as autoridades apreenderam R$ 275 milhões em criptomoedas, prendendo 288 pessoas.
Os números da RapTor não ficam para trás, pelo contrário. A nova operação registrou um recorde de drogas e armas de fogo apreendidas. A soma de dinheiro também é muito maior.
- Mais de R$ 1,1 bilhão em dinheiro e criptomoedas;
- Mais de 2 toneladas de drogas, incluindo anfetaminas, cocaína, cetamina, opioides e cannabis;
- Mais de 180 armas de fogo, além de armas falsas, tasers e facas;
- 12.500 produtos falsificados;
- Mais de 4 toneladas de tabaco ilegal.
Das 270 prisões, o maior número aconteceu nos EUA. No entanto, até mesmo o Brasil aparece na lista.
- Estados Unidos da América: 130
- Alemanha: 42
- Reino Unido: 37
- França: 29
- Coreia do Sul: 19
- Áustria: 4
- Países Baixos: 4
- Brasil: 3
- Suíça: 1
- Espanha: 1

Em detalhes, o 14News, jornal local de Botucatu, aponta que foram expedidos 6 mandados de busca e apreensão, bem como 3 mandados de prisão temporária, eles foram cumpridos nas cidades de São Paulo–SP, Botucatu–SP, Mogi Guaçu–SP, São Bernardo do Campo–SP e Ponta Porã–MS.
As buscas também resultaram na apreensão de drogas como MDMA (ecstasy), MDA (Tenanfetamina) e maconha, bem como equipamentos eletrônicos e dinheiro.
Operação RapTor apreendeu quantidades recordes de drogas e armas de fogo
A Operação RapTor teve foco em quatro mercados da darknet: Nemesis, Tor2Door, Bohemia e Kingdom Markets. Apesar do maior anonimato dessas redes, o trabalho de inteligência cooperativo de diversas agências resultou na prisão de 270 pessoas em quatro continentes.
“Esta operação recorde envia uma mensagem clara para cada traficante que se esconde atrás de uma tela — seu anonimato termina onde nosso alcance global começa”, comentou Todd Lyons, Diretor Interino do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE).
Imagens compartilhadas pelas autoridades mostram parte das apreensões.
Numa delas, o FBI aponta para um balde com cerca de 144 quilos de fentanil e narcóticos adulterados com a substância. Segundo o DEA, polícia anti-drogas dos EUA, 1 kg da substância pode matar 500.000 pessoas.
“O FBI e parceiros apreenderam quantidades recordes de drogas ilegais, armas de fogo e rendimentos do tráfico de drogas em uma operação internacional contra o tráfico de fentanil e opioides na darknet; 270 presos em quatro continentes.”
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Em vídeo, o FBI também mostra parte da ação e itens encontrados em um dos locais.
Além das drogas, também é possível ver outros itens usados pelos traficantes, desde embalagens, selos postais, bem como diversos eletrônicos, incluindo celulares e laptops.
“Esses traficantes causaram estragos em todo o nosso país e alimentaram diretamente a crise do fentanil e a violência armada que afetam nossas comunidades e bairros americanos enquanto se escondiam covardemente na internet. Mas a facilidade e acessibilidade dos crimes deles acaba hoje”, comentou Kash Patel, diretor do FBI, elogiando agências parceiras da operação.
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