Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a Virgin Galactic fez seu último voo à beira do espaço com o avião VSS Unity em junho de 2024. O veículo foi aposentado para dar lugar a um novo modelo mais moderno e eficiente, chamado “classe Delta”. Esses novos aviões espaciais terão capacidade para seis passageiros e prometem voar com mais frequência. Segundo a empresa, o primeiro lançamento do novo avião espacial será em 2026.
Michael Colglazier, presidente da Virgin Galactic, revelou em uma coletiva de imprensa que os preparativos estão em andamento, com equipes da empresa e de fornecedores parceiros trabalhando na construção das novas naves. A expectativa é que o primeiro voo de testes da classe Delta aconteça até julho. Os voos com passageiros pagantes estão previstos para começar no fim do ano.
De acordo com o site Space.com, durante uma apresentação para investidores ocorrida recentemente, a empresa compartilhou dados financeiros e planos para o futuro. Atualmente, a Virgin Galactic tem cerca de 675 clientes com passagens já compradas. A previsão é que novas vendas sejam abertas no início de 2026, com um novo sistema de atendimento personalizado.
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Esse novo modelo de vendas será feito em “ondas”, ou seja, grupos organizados de novos clientes que receberão um acompanhamento especial. A ideia é oferecer uma experiência mais próxima e bem planejada desde o momento da compra até o voo. Além disso, a empresa poderá ajustar os preços para cada grupo. Embora os valores ainda não estejam definidos, é provável que ultrapassem os US$600 mil (R$3,4 milhões) cobrados anteriormente.
No momento, duas naves da classe Delta estão sendo construídas. A intenção da empresa é aumentar essa frota no futuro. Cada uma poderá fazer até dois voos por semana, o que representa um grande avanço em relação ao VSS Unity, que realizou apenas sete voos comerciais em um ano antes de ser aposentado.
A Virgin Galactic usa uma técnica chamada “lançamento aéreo”. O avião espacial é carregado até grande altitude por uma aeronave maior e, de lá, segue sozinho até o espaço suborbital. Depois, retorna para pousar na mesma pista de onde partiu. Esse método continuará sendo usado pelas naves Delta.
A empresa também estuda novos usos para sua aeronave de lançamento. Uma versão chamada HALE-Heavy pode ser usada em missões militares ou científicas. A Virgin Galactic está conversando com governos e empresas de defesa para explorar essas possibilidades. Além dos voos nos EUA, a empresa avalia abrir uma nova base no sul da Itália.
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