Os elefantes são considerados animais sagrados na Índia, mas não somente lá que eles despertam a curiosidades dos humanos.
Além da mística que envolve esses animais, eles também chamam a atenção por seu visual e atributos físicos. E, agora, uma nova característica despertou o interesse da ciência: eles, aparentemente, são imunes ao câncer.
Cientistas descobriram que os maiores animais terrestres do planeta possuem índices muito baixos de tumores. Segundo os pesquisadores, os genes desses gigantes contam com variações que previnem esse tipo de doença.
Como funciona o câncer
- Conforme um indivíduo cresce, suas células se multiplicam de maneira proporcional. Ou seja, um elefante vai passar por esse processo incontáveis vezes;
- Essas características estão diretamente ligadas com o risco de câncer – quanto mais as células se dividem, maiores as chances de uma mutação ocorrer e, consequentemente, maiores as chances de um tumor aparecer.
Segundo o portal New Atlas, essa afirmação se mostrou correta em diversas espécies, desde humanos altos, até cachorros grandes. A correlação entre o tamanho do corpo com o risco de câncer parece ser um padrão. Isso significa que animais maiores que vivem muito tem mais chances de desenvolver a condição.
Entretanto, os elefantes desafiam esse padrão devido a um diferencial genético: eles possuem cerca de 20 cópias do gene p53, fundamental para detectar danos no DNA e impedir a divisão celular quando há mutações. Humanos têm apenas uma cópia, o que ajuda a explicar a menor incidência de câncer nesses gigantes.
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O gene “guardião” dos elefantes
O gene p53 codifica uma proteína que funciona como um “guardião” das células, evitando que as danificadas se multipliquem e formem tumores. A presença de múltiplas cópias aumenta a eficiência desse mecanismo, resultando em apenas cerca de 5% dos elefantes desenvolvendo câncer, contra 25% dos humanos.
Além disso, a atividade do p53 é regulada pelo gene MDM2, que produz proteína capaz de inativar o p53. A interação entre essas múltiplas cópias de p53 e a regulação por MDM2 cria sistema robusto de supressão, ajudando os elefantes a resistir ao câncer mesmo com sua grande massa corporal e longevidade.

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