Para Nadal: por tudo o que fez e segue fazendo

Estamos diante da primeira edição de Roland Garros após a aposentadoria de Rafael Nadal. Ninguém na história dominou o saibro francês como o Touro de Manacor, então, naturalmente, sua ausência causa uma estranheza melancólica, como se a terra batida de Paris nunca mais pudesse ser a mesma. E, de fato, não pode.

O torneio recebeu a lenda neste domingo, 25, para uma série de homenagens. Discursos, lágrimas, sorrisos, amigos – “apenas” as lendas Novak Djokovic, Roger Federer e Andy Murray – construíram um dia de memória para honrar aquele que fez do esporte a sua ferramenta de resiliência e que, por consequência, ensinou a todos como serem fortes. Mesmo fora de uma quadra.

Já aposentado, Nadal retornou à Philippe Chatrier rodeado de um público apaixonado, vestido com camisetas de cor laranja queimado, lembrando o piso onde se sagrou em glória eterna. Os demais membros do ‘Big 4’ aplaudiram o espanhol, que agradeceu por eles terem sempre o levado ao limite e desafiarem suas capacidades.

Nadal entrou e saiu como quem não queria se despedir, mas precisou. Personagens dos bastidores de Roland Garros se curvaram diante do Rei do Saibro na quadra principal. Sua pegada ficou (literalmente) eternizada no piso, com uma bela dedicatória do evento. Rafa e o Grand Slam vivem em uníssono: é impossível citar um sem mencionar o outro.

Nadal e Roland Garros: uma história de amor

Foram 14 troféus conquistados na terra batida da capital francesa. Dezenove participações no total, sendo a primeira em 2005 e a última em 2024. O espanhol sustenta um recorde de 112 vitórias e lamenta somente quatro derrotas. Roland Garros, como era de se esperar, foi o primeiro (2005) e o último (2022) Slam vencido de sua carreira. Seu primeiro e eterno amor, por assim dizer.

Rafa passou praticamente toda a sua trajetória como atleta no tênis lidando com a doença crônica de seu pé esquerdo. E, ainda assim, não só competiu em alto nível como se colocou na prateleira dos maiores da história (o maior, para muitos, aliás).

Ele terminou sua carreira antes do desejado, mas ainda conta com o privilégio de poucos: nunca morrer na história, porque é isso o que acontece com as lendas. O Rei do Saibro pode não disputar mais Roland Garros. Mas a aura de Roland Garros sempre carregará Rafa consigo.


 

O post Para Nadal: por tudo o que fez e segue fazendo apareceu primeiro em Sportbuzz.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima