10 filmes clássicos brasileiros que todos deveriam assistir

O cinema brasileiro passou por uma evolução notável ao longo das décadas, ganhando reconhecimento tanto nacional quanto no exterior, são diversas as produções que se encaixam na categoria de ‘filmes clássicos brasileiros’. Desde os tempos do Cinema Novo até as produções contemporâneas, nossas histórias têm conquistado espaço em festivais internacionais e corações ao redor de todo o mundo.

Valorizar as produções nacionais é essencial para entender a diversidade cultural e social do Brasil. Muitos dos filmes produzidos aqui retratam realidades únicas, misturando crítica social, humor, drama e poesia. São produções que, não apenas entretêm, mas também provocam reflexões sobre quem somos e para onde estamos indo.

10 filmes clássicos brasileiros que todos deveriam assistir

Clássicos como “O Pagador de Promessas” (1962), primeiro e único filme brasileiro a vencer a Palma de Ouro em Cannes, “Ainda Estou Aqui”, primeiro filme brasileiro a ser premiado como Melhor Filme Internacional no Oscar, e “Cidade de Deus” (2002), que recebeu quatro indicações ao Oscar, são exemplos da força do cinema nacional, bem como dos filmes clássicos brasileiros.

Essas produções não só alcançaram prestígio internacional, mas também deram visibilidade a questões sociais e culturais do país, ampliando o diálogo sobre nossas complexidades e contradições.

Hoje, o cinema nacional não fica devendo em nada quando o assunto é qualidade, originalidade e profundidade. Por isso, preparamos uma lista exclusiva na qual reunimos 10 filmes clássicos brasileiros que são verdadeiras joias do nosso cinema. Prepare a pipoca e embarque nessa jornada pelo melhor do cinema nacional!

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Macunaíma (1969)

Adaptação do romance modernista de Mário de Andrade, “Macunaíma” é um marco do Cinema Novo e uma sátira surrealista sobre a identidade brasileira. O filme mistura elementos do folclore, mitologia indígena e crítica social, seguindo a jornada de Macunaíma, um herói preguiçoso e sem caráter que nasce negro em uma tribo amazônica, mas vira branco após um banho mágico.

Ele parte para a cidade grande em busca de uma pedra sagrada, enfrentando situações que refletem as contradições do Brasil. Com um elenco brilhante, incluindo Grande Otelo, Paulo José e Dina Sfat, o filme é uma celebração da diversidade cultural brasileira e uma crítica mordaz ao colonialismo e ao racismo.

Onde assistir: disponível na Globoplay.

O Beijo da Mulher Aranha (1986)

Cena do filme ‘O Beijo da Mulher Aranha’ (Divulgação)

Baseado no romance de Manuel Puig, este filme é uma obra-prima que aborda temas como opressão política, sexualidade e humanidade em meio à ditadura militar.

A história se passa em uma cela onde dois presos dividem espaço: Valentin, um revolucionário político, e Molina, um homossexual que sonha com os filmes de Hollywood.

A relação entre eles evolui de conflitos para uma profunda amizade, enquanto Molina conta histórias de cinema para distrair Valentin da realidade brutal. Com atuações memoráveis de William Hurt (que ganhou o Oscar por seu papel) e Raul Julia, o filme é um estudo emocionante sobre resistência e empatia.

Onde assistir: disponível na Globoplay.

O Pagador de Promessas (1962)

Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, este filme é uma adaptação da peça de Dias Gomes e uma crítica contundente à hipocrisia religiosa e às desigualdades sociais.

Zé do Burro, interpretado por Leonardo Villar, faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar seu burro e, ao tentar cumpri-la, enfrenta a resistência da Igreja Católica e da sociedade.

O filme retrata a luta de um homem simples contra instituições poderosas, destacando a fé popular e a injustiça social. Com Glória Menezes e Dionísio Azevedo no elenco, é um clássico que continua relevante.

Onde assistir: disponível na Globoplay.

Terra em Transe (1967)

Homem de terno escuro ergue os braços com expressão intensa, enquanto alguém coloca uma coroa sobre sua cabeça. Ao fundo, há figuras com trajes luxuosos
Cena do filme ‘Terra em Transe’ (Divulgação)

Dirigido por Glauber Rocha, “Terra em Transe” é uma alegoria política sobre a crise de um país fictício que reflete o Brasil dos anos 1960.

O poeta Paulo Martins, interpretado por Jardel Filho, se envolve em uma luta de poder entre dois políticos, representando diferentes facetas da corrupção e do autoritarismo.

Com uma narrativa poética e visualmente impactante, o filme critica a manipulação da mídia, a alienação política e a violência do Estado. Um marco do cinema político brasileiro.

Onde assistir: disponível na Globoplay.

Central do Brasil (1998)

Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, “Central do Brasil” é um retrato emocionante da solidão e da esperança no Brasil.

Fernanda Montenegro, em uma atuação inesquecível, interpreta Dora, uma ex-professora amarga que escreve cartas para analfabetos na estação Central do Brasil.

Quando Josué, um menino órfão interpretado por Vinícius de Oliveira, perde a mãe, Dora decide ajudá-lo a encontrar seu pai no sertão nordestino. A jornada dos dois revela a diversidade e as contradições do país, em um filme que combina realismo social e sensibilidade humana.

Onde assistir: disponível na Netflix.

Pixote: A Lei do Mais Fraco (1981)

Grupo de meninos de rua sentados em uma escadaria, com expressões sérias. Um deles segura um revólver enquanto conversa com os outros
Cena do filme ‘Pixote: A Lei do Mais Fraco’ (Divulgação)

Dirigido por Hector Babenco, “Pixote” é um retrato cru e realista da violência e da marginalização de crianças nas periferias brasileiras. O filme acompanha Pixote, interpretado por Fernando Ramos da Silva, um menino de rua que é levado para uma reforma brutal, onde enfrenta abusos e violência.

Após fugir, ele se envolve no mundo do crime, em uma narrativa que expõe as falhas do sistema e a vulnerabilidade dos mais pobres. Com Marília Pêra no elenco, o filme é um alerta social ainda atual.

Onde assistir: disponível na Netflix.

Carandiru (2003)

Baseado no livro “Estação Carandiru” do médico Drauzio Varella, o filme retrata a vida no maior presídio da América Latina e o massacre que ocorreu em 1992.

Dirigido por Hector Babenco, a narrativa acompanha as histórias dos presos, mostrando suas vidas, sonhos e conflitos, enquanto o médico (interpretado por Luiz Carlos Vasconcelos) tenta entender aquele universo. Com um elenco estelar, incluindo Rodrigo Santoro e Milton Gonçalves, o filme é um retrato impactante da violência e da humanidade.

Onde assistir: disponível na Netflix.

Vidas Secas (1963)

Família de retirantes caminha por um caminho seco e árido. A mulher carrega uma caixa na cabeça e segura uma criança no colo, enquanto o homem, com roupas gastas, segura um rifle e segue ao lado. Ao fundo, outra criança carrega um saco na cabeça
Cena do filme ‘Vidas Secas’ (Divulgação)

Baseado no romance de Graciliano Ramos, “Vidas Secas” é um retrato poético e doloroso da seca e da miséria no Nordeste brasileiro. A história acompanha uma família de retirantes, liderada por Fabiano (Átila Iório) e Sinhá Vitória (Maria Ribeiro), que luta para sobreviver no sertão árido, enfrentando fome, exploração e a falta de perspectivas. O filme é uma crítica social contundente, mas também uma celebração da resistência humana. Um clássico do cinema nacional.

Onde assistir: disponível na Netflix.

Cidade de Deus (2002)

Dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, “Cidade de Deus” é um dos filmes brasileiros mais reconhecidos internacionalmente.

Baseado no livro homônimo de Paulo Lins, o filme retrata a violência e o tráfico de drogas nas favelas do Rio de Janeiro, acompanhando a ascensão do traficante Zé Pequeno (Leandro Firmino) e a jornada de Buscapé (Alexandre Rodrigues), um jovem que sonha em ser fotógrafo. Com uma narrativa dinâmica e atuações marcantes, o filme é um retrato cru e envolvente da realidade brasileira.

Onde assistir: disponível na Netflix.

Eles Não Usam Black-Tie (1981)

Grupo de homens em uma rua de paralelepípedos, com expressões tensas e gestos de protesto. Ao fundo, um muro pichado com a frase “Legalidade para todos os partidos” reforça o contexto político da cena
Cena do filme ‘Eles Não Usam Black-Tie’ (Divulgação)

Baseado na peça de Gianfrancesco Guarnieri, o filme é um dos maiores expoentes do cinema político brasileiro. Dirigido por Leon Hirszman, a história se passa durante uma greve operária e acompanha Tião (Carlos Alberto Riccelli), um jovem que precisa escolher entre se juntar à luta dos trabalhadores ou proteger sua família.

Seu pai, interpretado por Gianfrancesco Guarnieri, é um líder sindical que luta por justiça, enquanto sua mãe (Fernanda Montenegro) tenta manter a família unida. Um retrato emocionante da luta de classes e dos conflitos familiares.

Onde assistir: disponível em Globoplay.

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