Em uma região subtropical do sul da Índia, onde as temperaturas ultrapassam os 40 °C, o agricultor Kakasaheb Sawant surpreendeu a comunidade ao cultivar macieiras.
Apesar do ceticismo inicial, suas árvores prosperaram: das 100 mudas plantadas, 80 sobreviveram e produziram até 40 kg de frutas por árvore. No entanto, o sabor das maçãs ainda não é doce o suficiente para o mercado. Sawant, otimista, acredita que os frutos melhorarão com o tempo.
“Este é o começo. As árvores estão se aclimatando, então, segundo minha opinião, nos próximos quatro a cinco anos, essas árvores começarão a produzir maçãs boas e doces”, diz Sawant.
Produção cresce em meio a desafios locais
- A produção nacional de maçãs na Índia cresceu 15% em cinco anos, mas ainda não acompanha a demanda crescente — as importações dobraram para 600 mil toneladas.
- Tradicionalmente, a produção se concentra no norte, em regiões como Himachal Pradesh e Caxemira, que estão sendo afetadas pelas mudanças climáticas e pomares envelhecidos.
- Para expandir a produção, cientistas e agricultores testam variedades de maçãs que exigem menos frio — cerca de 400 horas entre 0°C e 6°C, em comparação às 1.000 horas ideais.
- Experimentos em áreas mais quentes, como Ranchi, têm tido resultados limitados. Pesquisadores também enfrentam desafios como solo inadequado e pragas.
- As informações são da BBC.
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Setor vive dilema
Especialistas duvidam da viabilidade comercial dessas variedades em regiões quentes, mas reconhecem a urgência de soluções diante do aquecimento global.
Iniciativas de melhoramento genético e diversificação da produção, como sucos e geleias, podem ajudar a revitalizar o setor — desde que haja investimentos substanciais.

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