Irã acusa WhatsApp de espionagem e pede que população exclua o aplicativo

O confronto entre Israel e Irã é também uma guerra de narrativas. Enquanto os israelenses acusam Teerã de pretender desenvolver bombas nucleares, os iranianos dizem que Tel Aviv mente e que comete crimes de guerra.

O impasse envolve até mesmo uma das redes sociais mais usadas no mundo. O governo do Irã acusou o WhatsApp de espionagem e disse que o aplicativo está sendo utilizado por Israel nos recentes ataques contra o seu território.

Governo do Irã não apresentou nenhuma prova contra o WhatsApp (Imagem: Zafer Kurt/Shutterstock)

Aplicativo entrou na mira de Teerã

Segundo o portal Associated Press, as autoridades iranianas estão pedindo para que os seus cidadãos excluam o WhatsApp imediatamente. Eles alegam, sem nenhuma evidência, que o aplicativo da Meta está sendo usado para espionagem.

A rede social é uma das plataformas de mensagens mais populares do país e não conta com restrições de uso, diferentemente do que acontece com o Facebook ou o Instagram (os iranianos só conseguem acessar estas ferramentas usando VPNs).

Logo do WhatsAPP
Meta negou que WhatsApp esteja ajudando Israel na guerra (Imagem: BigTunaOnline/Shutterstock)

A Meta, dona do WhatsApp, negou veementemente as alegações de Teerã. Em comunicado, a empresa disse que as acusações são apenas uma desculpa para bloquear os serviços e garantiu que o uso de criptografia de ponta a ponta impede o acesso a qualquer mensagem.

“Não rastreamos sua localização precisa, não mantemos registros de quem todos estão enviando mensagens e não rastreamos as mensagens pessoais que as pessoas estão enviando umas às outras. Não fornecemos informações em massa a nenhum governo”, destacou a Meta.

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Bandeiras de Israel e Irã
Ataques entre Israel e Irã estão escalando (Imagem: tunasalmon/Shutterstock)

Aumento das tensões no Oriente Médio

  • O conflito entre Israel e Irã começou na última sexta-feira (13) e já deixou centenas de mortos.
  • Os israelenses bombardearam diversos alvos iranianos, entre eles instalações nucleares, matando, inclusive, alguns líderes do governo do país.
  • Tel Aviv alega que o objetivo dos ataques é acabar com o programa nuclear do Irã.
  • Segundo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, os iranianos podem ser capazes de construir bombas nucleares no futuro próximo, o que ameaçaria a existência israelense.
  • Já Teerã considerou os bombardeios como “crimes de guerra” e garantiu que não pretende construir armas nucleares.
  • O país retaliou lançando mísseis contra as principais cidades de Israel.
  • O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ainda disse que os ataques terão “consequências irreparáveis”.

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