Paolo Ardoino, CEO da Tether, participou de uma conversa com o The Block na última segunda-feira (23), revelando que sua empresa planeja se tornar a maior mineradora de Bitcoin até o final do ano.
Embora isso possa parecer uma decisão financeira, o executivo aponta que esse não é o principal objetivo da operação. O foco seria aumentar a segurança da rede, isso porque a empresa detém mais de 100.000 bitcoins em suas carteiras.
A Tether também realizou um novo investimento na Juventus Footbal Club nesta semana, tornando-se o segundo maior acionista do clube. Ardoino também falou sobre esse e outros investimentos durante o bate-papo.
Tether quer se tornar a maior mineradora de Bitcoin do mundo até o final de 2025
Emissora da maior stablecoin do mercado, a USDT, a Tether está aproveitando a alta dos juros para lucrar bilhões com os títulos do Tesouro americano, um investimento considerado altamente seguro e atualmente com bons rendimentos.
Aproveitando esse dinheiro extra e o conhecimento de que esses retornos não durarão para sempre, a empresa passou a investir em diversas outras áreas.
Dentre os exemplos está a Adecoagro, sul-americana focada em agricultura e energia, Rumble, rival do YouTube, na Juventus, mencionada acima, e até mesmo no setor de inteligência artificial com a Tether AI.
Além disso, a empresa mantém 79.260 bitcoins (R$ 47,2 bilhões) em sua carteira e outros ~35.400 bitcoins na Twenty One Capital, projeto em conjunto com o SoftBank e a Cantor Equity Partners.
Outro setor sendo explorado pela Tether é a mineração de Bitcoin. Em conversa com o The Block, Paolo Ardoino afirmou que eles pretendem fechar o ano como a maior mineradora do mundo.
“Então nós temos mineração de Bitcoin e investimentos em energia”, comentou Ardoino. “Acredito que a Tether tenha mais de 100.000 bitcoins em seu grupo, e para nós, como esse é um investimento enorme, achamos que precisamos fazer parte da equipe de segurança da mineração de Bitcoin para proteger nosso próprio investimento.”
Reafirmando esse pensamento, o CEO da Tether aponta que seria mais rentável investir em Bitcoin diretamente, mas que também é importante ter um papel maior no ecossistema.
“Se você tem 1 milhão de dólares e precisa decidir onde colocá-lo, na mineração de Bitcoin ou comprando Bitcoin diretamente, você sempre ganharia mais comprando Bitcoin diretamente. Não confie nos mineradores que dizem: “Claro, me dê seu milhão e vamos te dar mais retorno.” Mas no nosso caso, dado o grau de exposição que temos ao Bitcoin, é importante fazer parte da segurança da rede.”
Além de operações legítimas não parecerem tão interessantes, investidores sem experiência também precisam ficar atentos a golpes de mineração em nuvem com promessas de retorno garantido promovidos na internet. Nestes casos, a grande maioria são esquema de pirâmide.
Voltando a Tether, Ardoino também comenta que eles investiram na Blackrock Neurotech, que fabrica interfaces cérebro-computador. Segundo o executivo, seus sistemas são melhores que o da Neuralink, de Elon Musk.
Por fim, toda essa diversificação de investimentos da Tether mostra que a empresa possui um grande plano para o longo prazo, sem precisar ficar dependente de sua stablecoin.
A entrevista completa pode ser assistida no vídeo abaixo.
Fonte: Tether diz que será a maior mineradora de Bitcoin do mundo, mas não pelo dinheiro
Veja mais notícias sobre Bitcoin. Siga o Livecoins no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.