João Fonseca deseja enfrentar Djokovic: “Tentaria…”

João Fonseca, número 65 do mundo, vai estrear nos principais palcos de saibro no Masters 1000 de Madrid. Ele é apontado por muitos, como o The New York Times, como um dos tenistas que podem surpreender nesta parte da temporada, especialmente em Roland Garros, onde o Brasil tem uma grande tradição, com o tricampeonato de Guga. Em entrevista ao ‘Roland-Garros.com’, o brasileiro revelou seu desejo de enfrentar Novak Djokovic no saibro francês:

“Quando começamos os maiores torneios, os Grand Slams, as ‘qualificações’, eu sempre falo para o meu treinador: ‘Se eu for para o sorteio principal, quero jogar contra o Djokovic,’ porque provavelmente será uma das últimas vezes. Eu espero poder jogar contra ele. Adoraria enfrentá-lo na primeira ou segunda rodada. Tentaria jogar o meu melhor tênis, o resultado não importaria, só aproveitaria a experiência”, declarou Fonseca.

Além disso, ele falou sobre seu gosto em enfrentar os principais tenistas do mundo: “Eu gosto de jogar contra os cabeças de chave, gosto do desafio. Jogo sem pressão, então acho que posso me sair bem lá. Também gosto de jogar com a torcida, então é uma experiência que quero ter. Alguns jogadores vão querer um sorteio mais ‘fácil’ no começo, mas eu quero jogar contra os icônicos.”

João Fonseca fala sobre sua evolução

O brasileiro de apenas 18 anos falou sobre sua evolução e amadurecimento dentro do circuito profissional:

“Pode soar um pouco arrogante, mas eu tenho uma grande maturidade. Para minha idade, meu treinador e meus pais dizem que eu entendo as coisas, posso aprender muito rápido. Então, por exemplo, eu aprendi muito rápido como fazer a transição dos juniores para os profissionais, você precisa de muito mais consistência, muito mais trabalho físico, precisa trabalhar ainda mais”, explicou Fonseca.

“Quando decidi ir para o profissional e não para a faculdade (após o Rio Open de 2024), eu sabia que esse seria o meu trabalho por 20 anos. Eu preciso ser responsável, ganhar o dinheiro para minha vida, então minha maturidade é uma grande diferença para mim e explica por que o sucesso veio mais rápido”, concluiu.

Sobre a torcida brasileira e Guga

João falou sobre o apoio da torcida e como consegue atrair seguidores, mesmo longe das terras tupiniquins: “Eles me dão energia. Talvez seja porque eu jogo de forma muito agressiva e vou atrás dos vencedores, a torcida gosta de mim. Você não pode simplesmente passar a bola em pontos importantes. Eu tenho coragem em pontos decisivos, jogo no instinto, você precisa fazer isso. Sou destemido”, acrescentou Fonseca.

Ele também comentou sobre Guga e como se inspira no herói nacional, mas frisou que não quer ser o “novo Guga”, e sim construir sua própria história:

“Seu visual era icônico. O look amarelo e azul era incrível. As pessoas dizem: ‘Você é o próximo ‘Guga’, vai ganhar títulos em Roland-Garros’. É ótimo que as pessoas acreditem nisso, mas ao mesmo tempo isso é pressão, eu não preciso disso. Só preciso ser eu mesmo, fazer minha própria história. É incrível o que ‘Guga’ conquistou e espero conseguir fazer metade do que ele fez.”

Pausa após Miami

Fonseca também falou sobre a primeira pausa da temporada, após sua vitória em Buenos Aires e uma empolgante jornada até a terceira rodada no Miami Open:

“Comecei no NextGen Finals. Então já jogamos muitos jogos este ano, foi a hora de descansar um pouco. Quando você conquista coisas grandes, vai direto para outro torneio e não tem tempo para pensar. Essa pausa me fez pensar um pouco mais sobre o que fiz, o que isso significou para o meu país, para mim, o que grandes coisas posso conquistar. Foi um tempo para refletir. Foi muito bom apreciar esses resultados, mas claro que quero continuar trabalhando cada vez mais para conquistar coisas melhores”, revelou.

João Fonseca revela suas ambições para o futuro

Ele revelou que tem como meta chegar à terceira rodada de um Grand Slam ainda neste ano, além de compartilhar seu grande objetivo para o futuro:

“Estou subindo rápido. Um dos meus objetivos é chegar à terceira rodada de um Grand Slam. Talvez seja em Roland Garros? Eu jogo bem no saibro, nasci no saibro, cresci no saibro, me sinto confiante. Meu objetivo para o futuro é ser o número 1, esse é o sonho, mas sei que o caminho é longo. Tenho que trabalhar ainda mais, ir passo a passo”, afirmou.

“Preciso de mais experiências, como essa. Roland-Garros será minha primeira entrada direta em um Grand Slam. Tudo isso me ajuda a me desenvolver, a evoluir, junto com o trabalho necessário. Acho que esse é o caminho para alcançar os maiores objetivos”, concluiu.


 

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