Existe um número incontável de bactérias dentro do corpo humano. E, ao contrário do que muitos imaginam, elas atuam para manter o nosso organismo em funcionamento, sendo, na enorme maioria das vezes, benéficas para a saúde.
As primeiras bactérias aparecem logo nas horas seguintes ao nascimento. E, de acordo com pesquisadores do Reino Unido, elas podem reduzir pela metade o risco de infecções perigosas em bebês e crianças.
Bactérias fortalecem nosso sistema imunológico
- Segundo os cientistas, o contato com micróbios é crucial para o desenvolvimento do nosso sistema imunológico.
- Ao sair do útero da mãe, o bebê é estéril, mas isso não dura muito tempo.
- Logo, o corpo do recém-nascido é tomado pelas bactérias e outros organismos, formando o que é chamado de microbioma.
- Sabendo disso, pesquisadores da University College London (UCL) e do Sanger Institute, no Reino Unido, investigaram os primeiros estágios de colonização do nosso corpo por estes micróbios.
- As descobertas podem ajudar na criação de terapias que estimulem a proliferação de bactérias boas em bebês.
- As informações são da BBC.
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Bactéria específica apresentou efeito protetor
Durante o trabalho, a equipe coletou amostras de fezes de 1.082 recém-nascidos na primeira semana de vida. Em seguida, realizou uma análise genética com o objetivo de descobrir exatamente quais espécies estavam presentes, e o quão comuns elas eram em cada criança.
Os bebês foram acompanhados pelos dois anos seguintes. Os cientistas descobriram que um dos primeiros habitantes do corpo humano, a bactéria Bifidobacterium longum, parecia ter um efeito protetor. Apenas 4% dos bebês com esta espécie passaram uma noite no hospital com infecção pulmonar.

Já os pacientes com bactérias iniciais diferentes tinham de duas a três vezes mais chance de precisar ficar internados. Estes são os primeiros dados que mostram que a formação do microbioma afeta o risco de infecção.
Acredita-se que as bactérias boas venham da parte final do sistema digestivo da mãe. No entanto, os pesquisadores não sabem explicar porque a Bifidobacterium longum só foi identificada em bebês que nasceram de parto normal. Novos estudos devem tentar responder a esta pergunta.
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