No último dia 1º de junho, Thalyta Silva subiu no topo do pódio no Campeonato Mundial da IBJJF, na Califórnia, EUA, consagrando-se campeã mundial de jiu-jitsu pela primeira vez. O título coroou uma trajetória marcada por resiliência: menos de oito meses antes, a faixa-preta havia passado pela segunda cirurgia no joelho, enfrentou o medo da aposentadoria precoce e foi eliminada nas qualificatórias do Campeonato Brasileiro deste ano. Mas não desistiu.
“Foram quatro lutas no Mundial, com uma finalização. Mas o principal foi conseguir lutar sem pressão e com muita fé. Assisti a todas as adversárias no Brasileiro, estudei o jogo delas e adaptei toda minha preparação. Fiz minha inscrição para o Mundial no mesmo dia da derrota. Tive certeza de que estava pronta. E fui”, contou a campeã.
Pouco mais de uma semana depois da conquista, Thalyta revelou que seu foco agora vai além do tatame: ela está prestes a retornar ao MMA profissional, onde já acumula um cartel invicto de 2 vitórias. O retorno acontece em agosto, em um evento promovido por seu empresário, Lucas Lutkus.
“Já conquistei tudo o que queria no jiu-jitsu. Sempre sonhei em ser campeã mundial e isso já está marcado na minha história. Agora quero lutar por diversão, ganhar dinheiro e explorar outros caminhos — e o MMA é um deles. Vou conciliar as duas modalidades e estou muito empolgada”, explica.
A trajetória de Thalyta impressiona não só pela técnica, mas também pela forma como lidou com a dor, a frustração e a dúvida. “A parte mais difícil foi lidar com a incerteza. Eu estava dando meu melhor, mas não sabia se teria outra chance. Tive que dar alguns passos no escuro até me reencontrar”.
Durante todo o processo, a lutadora contou com o apoio da Brazil Combat, que há dois anos a acompanha como patrocinadora.
“Eles sempre estiveram comigo, ganhando ou perdendo. Durante a recuperação também confiaram no meu trabalho. Foram essenciais”.
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