Augusto Melo pode sofrer novo impeachment? Entenda

O presidente do Corinthians, Augusto Melo, está novamente na mira do Conselho Deliberativo. Nesta segunda-feira (5), o conselheiro Paulo Roberto Bastos Pedro protocolou um novo pedido de impeachment contra o mandatário alvinegro, o terceiro desde o início de sua gestão. A principal motivação é a reprovação das contas referentes ao ano de 2024, o primeiro sob o comando de Melo.

A decisão foi tomada na última segunda-feira (27), durante reunião do Conselho Deliberativo no Parque São Jorge. O Conselho Fiscal do clube já havia recomendado a rejeição das contas, com base nos números apresentados previamente ao CORI (Conselho de Orientação). O órgão, do qual Paulo Roberto faz parte, apontou um aumento expressivo na dívida do Corinthians, que saltou para R$ 2,5 bilhões — um acréscimo de R$ 829 milhões.

A votação terminou com 130 conselheiros rejeitando as contas, 73 aprovando e outros seis se abstendo. Diante do resultado, o CORI classificou a gestão de Augusto Melo como “temerária”, reforçando o argumento da oposição para o afastamento do dirigente.5

A chapa 82 protocolou um novo pedido de impeachment contra Augusto Melo.

Agora, o processo trata da reprovação das contas da gestão em 2024.

O documento foi enviado pelo conselheiro Paulo Roberto Bastos, que também faz parte do CORI, e terá de ser aprovado pelos órgãos do… pic.twitter.com/byljDkCjEZ

— Pedro Ramiro (@_pedroramiro) May 5, 2025

Histórico turbulento de Augusto Melo no Timão

O pedido mais recente se soma a outros dois processos de impeachment que já tramitam no clube. Um deles, inclusive, já teve o rito de admissibilidade aprovado, mas teve sua conclusão adiada e aguarda nova data para votação final.

Embora o estatuto social do Corinthians não estabeleça de forma clara a destituição do presidente em casos de reprovação de contas, a oposição fundamenta sua ação na Lei Geral do Esporte. A legislação federal prevê a destituição de dirigentes que tenham uma gestão temerária à frente de entidades esportivas, sem necessidade de aprovação interna do conselho.

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