Um novo estudo revelou que o ácido oleico – principal gordura do azeite de oliva e de outros óleos vegetais – pode, em excesso, estimular a produção de novas células de gordura, contribuindo para o acúmulo de tecido adiposo e possível ganho de peso.
Antes, esse efeito era atribuído apenas ao alto teor calórico dos alimentos ricos nesse ácido graxo. O estudo foi publicado na revista Cell Reports.
Detalhes do estudo
- Pesquisadores das universidades de Oklahoma, Yale e Nova York descobriram que o excesso de ácido oleico ativa a proteína AKT2 e inibe a LXR, levando à multiplicação de células precursoras que se transformam em adipócitos.
- Esse processo natural de formação de células de gordura (adipogênese) torna-se desregulado quando há consumo elevado dessa gordura, ativando células adormecidas mesmo sem necessidade.
- Experimentos com camundongos e células humanas mostraram que apenas o ácido oleico, entre os vários tipos de gordura testados, provocou esse efeito.
- Como essa gordura também está presente em muitos alimentos industrializados e fast-foods, o risco de exposição excessiva é alto.

Leia mais:
- Por que o azeite está tão caro? A ciência explica
- Azeite de oliva pode reduzir risco de morte por demência, diz estudo
- Azeite de oliva tem benefício escondido para desacelerar Alzheimer; entenda
Riscos em ter muitas células de gordura
Os pesquisadores alertam que o aumento no número de células de gordura tem efeito duradouro, dificultando a perda de peso futura, mesmo após emagrecimento.
No entanto, o estudo tem limitações – foi feito com animais e células isoladas, e não analisou impactos de longo prazo no metabolismo humano.
Apesar dos achados, os cientistas ressaltam que o ácido oleico, em níveis moderados, continua sendo benéfico, especialmente dentro de dietas balanceadas como a mediterrânea. A principal recomendação é a moderação e a variação no consumo de gorduras.

O post Azeite: mesmo um alimento saudável pode fazer mal em excesso; estudo detalha apareceu primeiro em Olhar Digital.