O BIS (Banco de Compensações Internacionais), mais conhecido como o “Banco Central dos Bancos Centrais”, publicou um estudo nesta quinta-feira (8) sobre o papel do Bitcoin e outras criptomoedas no sistema financeiro global.
Como destaque, o texto aponta que o Bitcoin pode ter um potencial para ser uma proteção contra moedas locais fracas.
Com 39 páginas, o documento também fala sobre o Ethereum, segunda maior criptomoeda do mercado, bem como sobre stablecoins, em especial o USDT.
BIS publica estudo sobre Bitcoin
Chamado “Desafiando a Gravidade? Uma Análise Empírica dos Fluxos Transfronteiriços de Bitcoin, Ether e Stablecoins”, o estudo do BIS faz uma análise dos fluxos das principais criptomoedas entre países.
Como exemplo, o documento aponta que Estados Unidos, Reino Unido e outros mercados emergentes representam pontos-chaves dessa nova economia digital.
“Destacamos fluxos de pelo menos um bilhão de dólares americanos com setas pretas para indicar bordas importantes”, escreveu o BIS. “Esses fluxos representaram quase 25% do volume total de transações transfronteiriças, embora representassem apenas 0,15% do número total de fluxos.”
“Em comparação com o BTC, o mapa global de USDT é menos centrado nos Estados Unidos, com fluxos mais uniformemente distribuídos entre alguns países grandes.”

Como pode ser visto, o Brasil aparece com um fluxo superior a US$ 1 bilhão, tanto em envio quanto recebimento, de Bitcoin em relação aos EUA. Em relação às stablecoins, o Brasil também parece estar ligado à Turquia e à Rússia, além dos EUA.
Como pode ser visto, quase todos os países possuem dados dessas movimentações transfronteiriças.
Bitcoin pode ser visto como uma proteção, aponta estudo do BIS
Seguindo o estudo, o BIS aponta que o uso do Bitcoin e outras criptomoedas pode estar relacionado a diversos fatores. Dentre os exemplos citados estão atividades especulativas, instabilidade das moedas fiduciárias locais e intervenções políticas, como controles de capital.
“Espera-se que esses fatores influenciem os fluxos de criptoativos quando excepcionalmente altos, como durante pressões sobre a moeda local ou aumentos no interesse público”, apontou o BIS.
Finalizando, o BIS revela que são necessárias pesquisas contínuas para entender a dinâmica desse novo mercado.
“As implicações socioeconômicas da maior adoção de criptoativos, particularmente em países emergentes e em desenvolvimento, exigem uma análise mais profunda”, continuou o BIS.
“Isso inclui avaliar o impacto na inclusão financeira e na estabilidade econômica, além do potencial dos criptoativos para servir como uma proteção contra a volatilidade e fraqueza das moedas locais.”
Em 2023, o mesmo BIS havia declarado que as criptomoedas não servem como dinheiro e falharam em promover benefícios para a sociedade. Portanto, o que vemos é uma mudança na sua postura.
Fonte: Bitcoin pode ser uma proteção contra moedas fracas, aponta estudo do BIS
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