Pedro Guerra, chefe de gabinete do vice-presidente Geraldo Alckmin, participou de uma conversa de 45 minutos com Fernando Ulrich nesta terça-feira (8) para falar sobre a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin no Brasil.
Formado em direito, Guerra virou notícia no final de março ao defender o Bitcoin como o ‘ouro da internet’ e apontar que a criptomoeda não poderia mais ser ignorada como uma reserva de valor.
Atualmente três países lideram essa corrida, El Salvador, Butão e Estados Unidos.
No entanto, cada governo possui sua própria estratégia. Enquanto El Salvador está comprando 1 bitcoin por dia numa estratégia chamada DCA, Butão surpreendeu o mundo ao revelar que estava minerando a criptomoeda secretamente há anos. Já os EUA está usando bitcoins confiscados de criminosos.
A Coreia do Norte também entrou para essa lista recentemente, ultrapassando Butão e Salvador. Seus métodos de acumulação, no entanto, são nefastos por envolverem roubos a corretoras e outros projetos, incluindo a Bybit e a Ronin.
Além desses, outros nomes como República Tcheca e Rússia apresentaram projetos de lei sobre o tema.
Pedro Guerra acredita que o Brasil deve aproveitar essa oportunidade e ser mais um pioneiro.
“Nós estamos falando de grandes economias tratando o tema com muita seridade, incorporando isso nas suas políticas públicas e eu acho que o Brasil não poderia ficar para trás nessa discussão.”
Chefe de gabinete de Geraldo Alckmin falou sobre os próximos passos na criação de uma reserva de Bitcoin
Questionado sobre como seria a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin no Brasil, Pedro Guerra comentou que esse seria um processo longo.
“Tem muitos atores envolvidos nesse processo, muitos esclarecimentos precisam ser feitos, eventuais ajustes”, iniciou Guerra. “Precisa ser feito uma governança.”
“No mérito, pensando no conceito, na ideia, eu acho muito positivo porque nós buscamos melhorar a trajetória de endividamento […] acho que esse é um tema que complementa perfeitamente esse debate.”
Em relação ao conhecimento do governo sobre o Bitcoin, Guerra concorda que é “um tema muito incipiente no Brasil”, mas destaca que o cidadão está cada vez mais interessado na criptomoeda e assuntos sobre economia.
Em outro trecho, o assessor de Alckmin revela que outras questões podem surgir no meio do caminho.
“Quem deve ficar responsável? Como funciona a política das chaves [privadas]? Qual é a frequência com que as informações devem ser divulgadas?”, exemplificou Guerra.
“Se a gente quer atingir a universalização do saneamento básico, universalização das comunicações, fazer com que a gente tenha mais investimento em infraestrutura escolar, e por aí vai, a gente precisa de mais dinheiro — dinheiro com poder de compra, um dinheiro que valha mais — e eu acho que o Bitcoin, de uma maneira muito singela, se apropriando de premissas muito básicas de abundância e escassez, [se] oferece como resposta.”
Ulrich e Guerra também falaram sobre o Drex (Real digital) e a diferença entre o Bitcoin para essa CBDC e outras criptomoedas. A conversa completa pode ser assistida no vídeo abaixo.
Fonte: Brasil não pode ficar para trás, diz Pedro Guerra sobre reserva de Bitcoin
Veja mais notícias sobre Bitcoin. Siga o Livecoins no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.
Descubra mais sobre
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.