Um brasileiro perdeu na justiça um processo contra o PicPay após perder seu dinheiro convertido em criptomoedas.
Tudo começou quando, entre os dias 31/01/2024 e 04/02/2024, o homem de Jaú (interior de São Paulo), recebeu uma oferta aparentemente promissora.
A proposta consistia em um emprego remoto, a ser realizado pelo WhatsApp, com possibilidade de altos ganhos de renda extra.
Interessado na oportunidade, o homem acabou informado que antes de começar a trabalhar, precisaria investir no mercado de criptomoedas.
Na promessa dos estelionatários, ele receberia todo o valor de volta, com uma soma a mais. Assim, ele procedeu ao envio de valores via Pix, e nunca mais teve notícias de seu dinheiro, nem dos supostos empregadores.
“[Nome da vítima] devidamente qualificado nos autos, ajuizou a presente AÇÃO DE CONHECIMENTO COM PEDIDO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS MORAIS em face de PICPAY INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTO S/A, alegando, em síntese, que foi vítima de crime de estelionato entre os dias 31/01/2024 e04/02/2024, quando terceira pessoa apresentou-lhe uma proposta de renda extra via WhatsApp. Informa que o trabalho consistia em realizar missões para receber recompensas, contudo, foi informado de que deveria fazer investimentos em criptomoedas, sendo que receberia os valores de volta em sua conta. Assim, afirma que realizou transferências, via pix, para três contas distintas e, ao tomar ciência da fraude, solicitou a devolução, mas não obteve êxito, tampouco conseguiu obter alguns dados pleiteados administrativamente“, diz decisão a que o Livecoins obteve acesso.
Brasileiro processa o PicPay após perder dinheiro para golpistas da internet ao acreditar que investia em criptomoedas
Neste novo golpe via WhatsApp que utilizou o Pix como meio de envio de dinheiro, as criptomoedas foram tiveram apenas a sua imagem associada ao caso.
Isso porque, não há comprovação de que os golpistas de fato fariam investimentos, visto que após receber o dinheiro em Real, já sumiram da vítima.
A reportagem apurou ainda que a vítima perdeu quase R$ 7 mil, mas entendeu que o PicPay deveria lhe ressarcir tudo e ainda pagar por danos morais.
“[…] procedência da ação com a condenação da ré a lhe ressarcir o prejuízo material de R$ 6.919,00 e ao pagamento de indenização por danos morais no importe de R$ 5.000,00“, diz a petição.
Citada no processo, o PicPay declarou que não tem culpa pela fraude cometida contra o seu cliente. “No mérito, sustenta que as transações não decorreram de falha no seu sistema, pois o autor confessou que as realizou, ratificando os dados de segurança. Aduz que, sendo assim, ela não pode ser responsabilizada pela falta de cuidado do requerente, o qual confirmou as transações após a conferência de dados, ainda que se tratasse de terceiros desconhecidos“, disse a defesa da empresa.
Juíza percebeu que vítima de golpe pediu até aumento de limite no banco para enviar valores aos criminosos
Assim, ao passar para análise do caso, a juíza Paula Maria Castro Ribeiro Bressan entendeu que a instituição não havia nenhuma culpa pelo golpe aplicado contra o brasileiro.
“À vista de todo o exposto, evidente que não se pode atribuir responsabilidade à requerida, pois competia ao autor, antes de qualquer providência, checar a veracidade das mensagens recebidas. Diferente disso, ele cumpriu as orientações passadas por pessoa desconhecida e efetuou pagamentos, via pix, a beneficiários distintos e estranhos a ele, inclusive, chegando a aumentar seus limites bancários para conseguir fazer as transações,” disse a juíza na análise.
No final, ele acabou condenado a pagar as custas do processo e os honorários advocatícios da PicPay, fixados em 10% do valor da ação.

Fonte: Brasileiro processa PicPay após perder criptomoedas em golpe
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