Carros autônomos ganham cérebro que economiza energia

Pesquisadores sul-coreanos desenvolveram um simulador que funciona como um cérebro extra para carros autônomos. Ele ajuda o veículo a decidir, em tempo real, onde e como processar informações, equilibrando o uso da rede e do computador de bordo para melhorar o desempenho e economizar energia.

O sistema, batizado de INCL Balancing, simula diferentes situações de tráfego para testar como um carro conectado deve reagir diante de limitações reais de rede e processamento. A inovação está na capacidade do simulador de tomar decisões dinâmicas: ele calcula se vale mais a pena processar dados em tempo real, ou enviá-los para a nuvem, sempre buscando o equilíbrio entre velocidade, consumo de energia e estabilidade da conexão.

Nos testes realizados com dados reais de tráfego da cidade de Incheon, na Coreia do Sul, o simulador conseguiu aumentar em mais de 70% o desempenho de processamento e reduzir em mais de 20% o consumo de energia, em comparação com métodos tradicionais. A ideia não é apenas tornar os carros mais rápidos ou eficientes, mas garantir que eles operem com segurança mesmo em redes sobrecarregadas, o que é muito comum em grandes centros urbanos.

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Simulador sul-coreano ensina carros autônomos a pensar melhor

O diferencial da tecnologia está nos detalhes técnicos. O sistema INCL Balancing foi projetado para lidar com situações críticas onde segundos podem fazer a diferença, como frenagens emergenciais ou mudanças bruscas no tráfego. O simulador antecipa gargalos e redistribui as tarefas computacionais antes que o sistema trave.

Carros autônomos agora podem escolher sozinhos como agir (Imagem: AlinStock/Shutterstock)

Além disso, o modelo permite testar como múltiplos veículos conectados interagem entre si, compartilhando dados em tempo real para tomar decisões coordenadas. Isso abre caminho para aplicações avançadas, como gerenciamento automatizado de cruzamentos. As informações são do Tech Xplore.

A pesquisa faz parte de uma iniciativa maior voltada para os desafios da mobilidade no contexto das redes 6G, que exigirão respostas mais rápidas e inteligentes dos veículos. Segundo os autores, a ferramenta pode ser usada por montadoras, operadoras de rede e desenvolvedores de cidades inteligentes para antecipar falhas e otimizar o desempenho antes mesmo dos testes em campo.

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Carros autônomos que se adaptam à rede e ao consumo

O núcleo técnico da tecnologia está em um algoritmo matemático de otimização de carga, criado para lidar com os desafios mais delicados da comunicação entre veículos. Ele leva em conta variáveis como a taxa de entrega de pacotes (PDR), o tempo de resposta dos sistemas embarcados e o consumo energético, três fatores críticos em ambientes urbanos com alta densidade de tráfego e dados.

Carro autônomo
Relaxar enquanto o carro faz todo trabalho sozinho – um sonho cada vez mais possível (Imagem: Scharfsinn/Shutterstock)

Diferente dos sistemas antigos, que seguem regras fixas, essa nova tecnologia consegue se adaptar ao que está acontecendo no momento. O algoritmo avalia a situação em tempo real e escolhe a melhor forma de processar as informações. Isso torna a comunicação entre os carros mais confiável e ajuda o veículo a tomar decisões rápidas e seguras.

A nova ideia pode ser usada em várias situações do dia a dia, como organizar melhor o trânsito em cruzamentos, dar passagem mais rápida para ambulâncias e até simular o comportamento dos carros e das redes antes que algo dê errado.

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