CBF marca eleições após afastamento de Ednaldo Rodrigues

O interventor nomeado pela Justiça para comandar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Fernando Sarney, anunciou nesta sexta-feira (17) a convocação oficial da nova eleição para a presidência da entidade. O pleito está marcado para o próximo domingo, dia 25 de maio, em meio a um dos momentos mais turbulentos da história recente da CBF.

A data do pleito antecede em um dia a aguardada apresentação de Carlo Ancelotti como novo técnico da seleção brasileira masculina, marcada para o dia 26. O edital oficial da eleição será publicado neste sábado (17). As chapas interessadas devem ser registradas entre os dias 18 e 20 de maio, com mandato previsto para o quadriênio 2025-2029.

A convocação foi feita em cumprimento à decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência e determinou a realização de novas eleições no “menor prazo possível”.

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Cargos em disputa

A Assembleia Geral Eleitoral da CBF será realizada para a escolha dos seguintes cargos:

  • Presidente da CBF

  • 8 vice-presidentes

  • 3 membros efetivos do Conselho Fiscal

  • 3 membros suplentes do Conselho Fiscal

Ednaldo ainda tenta reverter decisão no STF

Apesar da convocação da eleição, o cenário pode mudar. Ednaldo Rodrigues, presidente afastado, ainda tenta anular a decisão do TJ-RJ por meio de um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que trata da validade do acordo entre o Ministério Público do Rio e a CBF está marcado para o dia 28 de maio.

A ação questiona se o MP pode ou não firmar Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) com entidades esportivas, como foi o caso que validou a eleição de Ednaldo em 2022 — agora anulada por suspeitas de falsificação de assinatura e incapacidade de um dos signatários, o ex-vice Coronel Nunes.

Grupos se movimentam para disputa de presidência da CBF

Enquanto o STF não define a legalidade do processo, bastidores da eleição já se agitam. Na noite de quinta-feira (15), horas após a destituição de Ednaldo, um grupo formado por 19 federações estaduais divulgou um manifesto pedindo “renovação e descentralização no futebol brasileiro”, sem mencionar o ex-presidente afastado. O grupo prometeu lançar um candidato único “de dentro do bloco”.

Por outro lado, oito federações não assinaram o manifesto, entre elas as de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso e Amapá — indicando a possível formação de uma segunda chapa para o pleito.

Entre os nomes cotados, voltam a ganhar força os de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), e do advogado Flávio Zveiter, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Ambos já haviam se colocado como pré-candidatos durante a crise de 2023 que ameaçou o cargo de Ednaldo.


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