O Grande Prêmio de Mônaco, realizado no icônico Circuito de Monte Carlo, é um dos eventos mais prestigiados do calendário da Fórmula 1. No entanto, a corrida de 2025 trouxe à tona uma questão recorrente: a dificuldade de ultrapassagens. Com carros cada vez maiores e um traçado estreito, as oportunidades para manobras arrojadas são limitadas, gerando discussões sobre possíveis mudanças no circuito.
Uma das sugestões para aumentar as ultrapassagens é a criação de áreas de frenagem mais longas. A ideia é que, ao ampliar essas zonas, os pilotos teriam mais espaço para tentar ultrapassagens, especialmente em pontos críticos como a saída do túnel ou a curva 1. Apesar de ser um circuito histórico, a adaptação às novas demandas do esporte é vista como necessária por muitos especialistas.
Como as estratégias de pit stop impactaram a corrida?
Em 2025, uma regra excepcional foi introduzida no GP de Mônaco: a obrigatoriedade de dois pit stops. A intenção era forçar as equipes a saírem de suas zonas de conforto, já que, tradicionalmente, a posição de largada tem um peso significativo no resultado final. No entanto, o efeito foi contrário ao esperado. Os pilotos se viram presos no tráfego, prolongando ao máximo suas permanências na pista na esperança de um safety car ou bandeira vermelha.
Exemplos dessa estratégia incluem Yuki Tsunoda, que completou 72 das 78 voltas com pneus duros, e Oliver Bearman, que fez 59 voltas com compostos médios. Essas táticas, em vez de promoverem mudanças significativas nas posições, acabaram por consolidar ainda mais as dificuldades de ultrapassagem no circuito.

Quais foram as reações dos pilotos?
Após a corrida, vencida por Lando Norris, diversos pilotos expressaram suas frustrações. Carlos Sainz mencionou a possibilidade de “manipulação”, referindo-se à estratégia de alguns pilotos de segurar o pelotão. Max Verstappen, em tom irônico, sugeriu que cascas de banana fossem jogadas na pista para aumentar a imprevisibilidade. Já George Russell propôs o uso de sprinklers, comuns em jardins, para criar condições de pista molhada artificialmente.
Christian Horner, chefe da Red Bull, também compartilhou suas impressões pós-corrida. Horner e destacou as possíveis mudanças para melhorar o circuito: “A única maneira de realmente incentivar qualquer forma de ultrapassagem é tentar criar uma área de frenagem um pouco maior, seja na saída do túnel ou na curva 1. Se há alguma maneira de criar uma zona de freada mais longa em algum lugar, deveríamos mesmo analisá-la. Os carros são tão grandes agora que você simplesmente não tem como ficar de lado. No final das contas, tudo tem que acompanhar os tempos. Esse é um circuito histórico e icônico, mas, se observarmos como Mônaco mudou, quanta terra foi retirado do mar nas 72 aparições aqui, nem seria necessário mudar muito”.
Qual o futuro do GP de Mônaco na Fórmula 1?
O GP de Mônaco permanece como uma joia no calendário da Fórmula 1, mas as discussões sobre seu futuro são inevitáveis. Com a evolução dos carros e a busca por corridas mais dinâmicas, a necessidade de adaptações no circuito é cada vez mais evidente. O equilíbrio entre tradição e inovação será crucial para garantir que Mônaco continue a ser um dos eventos mais aguardados do ano.
Enquanto isso, a Fórmula 1 segue em busca de soluções que possam tornar as corridas mais emocionantes, sem comprometer a essência do esporte. A introdução de novas regras e a adaptação dos circuitos são passos importantes nesse processo, garantindo que o espetáculo continue a encantar fãs ao redor do mundo.
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