A inteligência artificial está no centro da disputa entre Estados Unidos e China pela hegemonia global. A ferramenta pode ser utilizada, por exemplo, para melhorar a eficiência e precisão de análises de inteligência, permitindo coletar e analisar informações de forma mais rápida e barata.
Neste cenário, os serviços de espionagem chineses estariam investindo de forma pesada na IA para fornecer alertas antecipados de ameaças e ajudar a moldar planos operacionais durante uma eventual futura guerra. É o que aponta um novo relatório do Insikt Group.
Modelo militar de inteligência artificial está sendo treinado
No trabalho, os pesquisadores revisaram os pedidos de patentes do exército chinês, contratos disponíveis publicamente e outros materiais para entender como os serviços militares e de inteligência da China estão investindo em inteligência artificial.
O relatório aponta que o país está usando uma mistura de grandes modelos de linguagem, tecnologia que pode analisar grandes quantidades de dados. Este trabalho usaria tanto modelos de IA chineses, como o DeepSeek, como ferramentas da Meta e da OpenAI.

Segundo a pesquisa, em outubro do ano passado, a Academia de Ciência e Pesquisa de Artilharia da China entrou com um pedido de patente para usar a inteligência artificial para treinar um modelo militar. Esta ferramenta pode ajudar a elaborar planos operacionais e até analisar forças inimigas em campos de batalha.
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Uso da IA para espionagem não é uma especificidade chinesa
- Apesar do relatório gerar preocupação em autoridades dos Estados Unidos, é importante ressaltar que a IA já é utilizada para espionagem por outros países, inclusive pela Casa Branca.
- Isso quer dizer que o regime de Pequim não estaria trazendo nenhuma novidade ao usar a tecnologia para este fim.
- Nos últimos dias, o Pentágono anunciou a assinatura de uma parceria com a OpenAI.
- O objetivo é usar a inteligência artificial para melhorar as operações administrativas, incluindo assistência médica, além de aprimorar o trabalho em programas de aquisição militar e apoiar a “defesa cibernética proativa”.
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