Os atletas de plantão sabem: o que não faltam hoje em dia são provas de corrida. Os mais iniciantes podem optar por aqueles percursos menores, de 1 a 5 quilômetros. Tem ainda as distâncias intermediárias, que variam entre 5, 10 e 15 quilômetros. Os mais experientes costumam buscar desafios maiores, como uma maratona ou meia maratona, com 42 e 21 quilômetros, respectivamente.
Provas desse tipo ocorrem no mundo todo. Na China, porém, as coisas funcionam de um jeito um pouco diferente. O país prepara a realização da primeira meia maratona do mundo com corredores robôs! Sim, você, humano, poderá participar, mas vai correr ao lado de várias máquinas.
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O evento foi uma forma de o governo chinês mostrar os avanços dessa indústria. A participação de robôs em corridas não é uma novidade para os chineses. Essa, no entanto, segundo os pesquisadores, será a primeira vez que um humanoide deve concluir o longo trajeto.
A chamada Meia Maratona Yizhuang de Pequim ocorreria inicialmente no próximo domingo, dia 12 de abril. A previsão de mau tempo, porém, levou ao adiamento da corrida para a semana seguinte, no dia 19 de abril.
Como será essa corrida
- De acordo com os organizadores, serão pistas separadas para humanos e robôs, para evitar eventuais acidentes.
- Haverá distribuição de prêmios para todos os participantes.
- Além dos humanos mais rápidos, os robôs que chegarem primeiro também receberão uma medalha.
- As máquinas que aguentarem as maiores distâncias sem a necessidade de substituição da bateria também serão premiadas.
- Como mostrou a rede estatal chinesa CCTV, várias empresas já começaram os testes com seus humanoides.
- O Tiangong Ultra, por exemplo, completou o trajeto experimental em 2 horas e 52 minutos.
- A previsão dos cientistas é que, em média, os robôs completem os 21 quilômetros em 3 horas e meia.
- O tempo é bem pior em relação aos atletas humanos de alto rendimento.
- O recorde mundial de meia maratona pertence ao ugandense Jacob Kiplimo, que marcou 56 minutos e 42 segundos em uma prova realizada em Barcelona, no começo do ano.
- Apesar dessa diferença, o fato de um robô conseguir concluir uma meia maratona já é notável por si só.
- A ideia da China é mostrar ao mundo – e aos concorrentes – o quanto eles estão avançados nesse mercado.
A China e os robôs
Além dessa vitrine para o restante do mundo, a Meia Maratona de Pequim serve como um recado interno em defesa de uma maior robotização no mercado.
Como relatou a agência de notícias Reuters, o aumento dos salários e a desaceleração da economia estão tornando os robôs mais atraentes para empresas chinesas que buscam limitar os custos trabalhistas e aproveitar a tecnologia para crescer.
Esse movimento ganhou um impulso a mais a partir do sucesso da startup DeepSeek, que levou modelos de Inteligência Artificial mais acessíveis para as companhias.
Alguns especialistas afirmam que existe uma espécie de corrida entre China e Estados Unidos também quando o assunto são robôs humanoides. E os asiáticos estão na frente dessa disputa.

Isso graças a uma cadeia de suprimentos robusta e ao apoio governamental. A China possui hoje patentes de robôs humanoides e grandes players, como Xiaomi e BYD, já envolvidos.
O governo chinês tem incentivado o desenvolvimento da Robótica, visando a produção em massa até 2025. A previsão é que, até 2030, as vendas de robôs humanoides atinjam 1 milhão de unidades anuais, com 3 bilhões de robôs operando até 2060. Com a China na liderança.
As informações são da Reuters.
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