Pesquisadores da Universidade Rice, nos EUA, desenvolveram um colete com feedback tátil para auxiliar cães cegos a se locomoverem com mais segurança e independência.
O protótipo, criado para um cão chamado Kunde, combina um colete leve com câmeras estereoscópicas montadas na cabeça do animal, que detectam obstáculos e enviam sinais vibratórios ao corpo do cão.
Como foi a criação do colete
- O sistema foi idealizado após Kunde perder a visão por conta de glaucoma.
- Seus tutores buscaram ajuda no Oshman Engineering Design Kitchen, centro de inovação da universidade.
- Atendidos por quatro estudantes, o projeto evoluiu a partir de um modelo anterior baseado em LiDAR — substituído por câmeras, que são mais acessíveis e eficientes.
- As vibrações emitidas pelos pequenos motores no colete aumentam conforme o cão se aproxima de um obstáculo, funcionando como um “segundo par de olhos”.
- O equipamento tem alcance de até 8 metros e uma autonomia de duas horas de uso contínuo.
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Desafios do projeto
O grande desafio, segundo os estudantes, foi integrar os componentes eletrônicos em um colete confortável, leve, respirável e resistente ao calor e à chuva — ideal para o clima de Houston.
O projeto, batizado de “Amigos da Kunde”, está em fase de testes, mas a equipe espera expandi-lo para ajudar mais cães cegos no futuro. “É inspirador ver como um desafio real pode gerar um impacto direto na vida de alguém — ou de algum cachorro”, comentou a mentora do time, Heather Bisesti.

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