Como funciona o DRS na Fórmula 1

O DRS, sigla para “Drag Reduction System” (Sistema de Redução de Arrasto), é uma das tecnologias mais comentadas da Fórmula 1. Saber como funciona o DRS na Fórmula 1 é essencial para entender não apenas as ultrapassagens, mas também as estratégias de corrida e o desenvolvimento dos carros modernos.

Desde que foi implementado, o DRS transformou a dinâmica das disputas em pista, oferecendo aos pilotos uma vantagem aerodinâmica momentânea em situações bem definidas. Neste artigo, vamos explicar detalhadamente como o sistema opera, quando pode ser utilizado e por que se tornou tão relevante na categoria.

Qual é a origem e o objetivo do DRS na Fórmula 1?

O DRS foi introduzido oficialmente na Fórmula 1 com o objetivo de facilitar as ultrapassagens, algo que se tornava cada vez mais difícil com o avanço da aerodinâmica. A FIA implementou o sistema em resposta às corridas monótonas e à dificuldade de um carro se aproximar de outro devido ao ar sujo gerado pela turbulência.

Sua origem está ligada à busca por corridas mais emocionantes e competitivas. Com o DRS, um piloto pode reduzir a resistência ao ar de sua asa traseira em determinadas zonas do circuito, obtendo um ganho de velocidade momentâneo e aumentando suas chances de ultrapassar.

Como funciona o DRS na Fórmula 1
Carros da Aston Martin no GP da Holanda – Fonte: dobryzpravy.cz

Como o sistema DRS é ativado durante as corridas?

O DRS só pode ser ativado quando um piloto está a menos de um segundo do carro à frente, em zonas específicas do circuito chamadas de “zonas de ativação”. Essas zonas são determinadas previamente pela direção de prova e sinalizadas no traçado.

Quando a condição de distância é cumprida, o sistema é liberado eletronicamente para o piloto, que ativa manualmente por um botão no volante. A asa traseira abre uma fenda horizontal, reduzindo o arrasto aerodinâmico e permitindo maior velocidade nas retas.

Em que momentos o DRS é proibido na Fórmula 1?

Apesar de ser uma ferramenta poderosa, o uso do DRS é rigidamente regulado. Ele não pode ser utilizado nas primeiras voltas de uma corrida ou imediatamente após a entrada do safety car, por questões de segurança e equilíbrio competitivo.

Ademais, o DRS não pode ser ativado em condições de pista molhada. Nessas situações, o ganho de velocidade sem o arrasto completo comprometeria a estabilidade do carro, aumentando o risco de acidentes graves.

O DRS interfere na estratégia das equipes?

Sim. Entender como funciona o DRS na Fórmula 1 também passa por analisar sua influência tática. Equipes ajustam a aerodinâmica e definem a pressão aerodinâmica pensando em como maximizar o uso do DRS em cada circuito.

Em pistas com muitas zonas de ativação, como Monza ou Baku, as escuderias podem optar por configurações mais agressivas, reduzindo o downforce para obter ganhos de velocidade ao abrir a asa. Isso exige um planejamento detalhado que impacta diretamente o desempenho geral.

Quais são os efeitos reais do DRS na ultrapassagem?

O DRS pode gerar um ganho de até 15 a 20 km/h em determinados trechos de reta. Isso não significa que a ultrapassagem será automática, mas permite ao carro perseguidor se aproximar o suficiente para tentar uma manobra no final da reta ou na curva seguinte.

Esse efeito varia conforme a pista, a potência do motor e a eficiência aerodinâmica do carro. Em circuitos de baixa velocidade, o impacto é menor, mas em pistas de alta velocidade o DRS costuma ser decisivo para a emoção da corrida.

Existem críticas ou limitações ao uso do DRS?

Sim, apesar de sua efetividade, o DRS é criticado por parte de torcedores e especialistas que o consideram uma “ultrapassagem artificial”. Para eles, a manobra perde valor quando depende de um recurso mecânico ativado sob condição automatizada.

Por outro lado, defensores argumentam que o DRS equilibra o desequilíbrio natural causado pelo ar sujo e que, sem ele, muitas corridas teriam menos ação. A discussão sobre sua manutenção ou reformulação segue em pauta entre pilotos, engenheiros e dirigentes.

O DRS tem influência fora da Fórmula 1?

Sim. O conceito do DRS inspirou categorias menores e também tem aplicações na engenharia aerodinâmica em geral. Embora não seja adotado em larga escala por outras séries, seu princípio influencia o design de carros em simulações e protótipos.

Além disso, ele se tornou referência no estudo do fluxo de ar e comportamento de superfícies móveis, sendo tema de pesquisa em indústrias que buscam otimizar desempenho e consumo de energia.

O que torna o DRS tão importante para o futuro da categoria?

O DRS segue como um recurso fundamental para o entretenimento e a estratégia das corridas. No entanto, com o avanço das tecnologias de efeito solo e melhoria dos carros para andarem mais próximos, discute-se se o DRS será necessário no futuro.

A F1 testa constantemente novos regulamentos e conceitos aerodinâmicos, e o DRS pode ser modificado ou até substituído. Ainda assim, seu legado como um divisor de águas na competitividade moderna já está garantido.

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