Como Pelé ganhou a Bola de Ouro mesmo décadas após se aposentar

A pergunta sobre como Pelé ganhou a Bola de Ouro mesmo décadas após se aposentar é um dos maiores pontos de curiosidade para quem estuda a história do futebol. O Rei do Futebol se aposentou oficialmente em 1977, mas seu nome voltou aos holofotes de premiações importantes muitos anos depois. Como isso foi possível?

Este artigo desvenda os detalhes por trás dessa homenagem tardia. Mais do que um troféu, a Bola de Ouro oferecida a Pelé foi um ajuste de contas histórico. Entenda como essa reconhecida premiação foi concedida, os motivos por trás da decisão e o impacto desse gesto simbólico para o esporte mundial.

Por que Pelé não ganhou a Bola de Ouro durante sua carreira?

Durante boa parte do século XX, a revista francesa France Football, criadora da Bola de Ouro, restringia a premiação a jogadores europeus que atuassem em clubes da Europa. Isso excluía automaticamente Pelé da disputa, já que o craque jogou quase toda a carreira no Santos e, depois, no New York Cosmos.

Essas regras refletiam o eurocentrismo das competições e da mídia esportiva da época. Mesmo sendo tricampeão mundial, artilheiro e dono de atuações lendárias, Pelé nunca foi elegível enquanto esteve em atividade. O reconhecimento oficial, portanto, só poderia vir se houvesse uma mudança na abordagem da própria premiação.

Como Pelé ganhou a Bola de Ouro mesmo décadas após se aposentar
Bola de Ouro – Fonte: flickr.com

Quando e como Pelé recebeu a Bola de Ouro honorária?

A Bola de Ouro honorária foi entregue a Pelé em 2014, durante uma cerimônia da FIFA em conjunto com a France Football. O gesto foi simbólico, mas altamente significativo. Foi uma forma de reconhecer publicamente que Pelé teria sido um dos maiores ganhadores da história se tivesse podido competir.

O prêmio especial não seguiu o modelo tradicional de votação anual. Ele foi concedido como uma distinção única, em homenagem à carreira incomparável do jogador. A entrega emocionada, com Pelé às lágrimas, selou um capítulo importante da justiça esportiva.

O que motivou a revisão das regras da Bola de Ouro?

A mudança nas regras da Bola de Ouro ocorreu gradualmente, refletindo a pressão da opinião pública e a globalização do futebol. Em 1995, a premiação passou a aceitar jogadores não europeus atuando em clubes do continente. A partir de 2007, todos os jogadores do mundo passaram a ser elegíveis, independentemente da origem ou da liga.

Essa ampliação do critério levou à revisão histórica de nomes que haviam sido negligenciados, como o de Pelé. A entrega do prêmio honorário funcionou também como uma correção simbólica, reconhecendo a importância de lendas do futebol global.

Qual foi o impacto desse reconhecimento na imagem de Pelé?

Apesar de já ser considerado um ícone absoluto, a entrega da Bola de Ouro honorária reforçou a relevância de Pelé no imaginário popular. O gesto aproximou o craque de uma nova geração de torcedores, que passou a compreendê-lo também por meio das métricas de reconhecimento atuais.

Além disso, o prêmio fortaleceu a imagem da France Football e da FIFA como instituições capazes de rever suas posturas e valorizar a história. Pelé se tornou o único atleta a receber essa distinção, elevando ainda mais seu legado.

Quantas Bolas de Ouro Pelé teria vencido se fosse elegível?

Diversos analistas e historiadores do futebol concordam que Pelé teria conquistado ao menos cinco Bolas de Ouro se fosse elegível durante sua carreira. Os anos de 1958, 1962, 1965, 1970 e 1972 são frequentemente apontados como prováveis temporadas de vitória para o craque.

Essas estimativas levam em consideração seu desempenho individual, títulos conquistados e a ausência de rivais com números tão expressivos na época. A falta de premiações contemporâneas não diminui seus feitos, mas o reconhecimento pós-carreira ajuda a reequilibrar o valor histórico dessas conquistas.

O que essa homenagem ensina sobre reconhecimento tardio no esporte?

A história de como Pelé ganhou a Bola de Ouro mesmo décadas após se aposentar revela um ponto essencial: o esporte também é feito de revisões e reparos. Nem sempre o melhor é premiado no momento certo, mas a memória coletiva pode corrigir isso com o tempo.

Casos como o de Pelé servem como alerta para as instituições esportivas valorizarem a justiça histórica. Reconhecer um legado, mesmo tardiamente, é um gesto de grandeza e respeito que transcende troféus e rankings.

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