As cores refletem a luz de formas diferentes, o que significa que elas podem deixar os ambientes mais frios, no caso do uso de tonalidades claras, ou mais quentes, quando usadas cores mais escuras. Por isso, a escolha da cor é muito mais do que uma simples questão de aparência.
O que fazer, no entanto, em situações de grandes amplitudes térmicas? Com certeza não é viável pintar uma casa duas vezes por ano. Foi por isso que Joe Doucet decidiu criar uma nova tinta que muda de cor dependendo da temperatura externa.
Escolha da cor também pode ser uma decisão ecológica
- Em entrevista à CNN, Doucet contou que comprou uma casa em Katonah, no estado de Nova York, e queria torná-la o mais ecológica possível.
- O designer e inventor afirmou que a ideia era buscar soluções que pudessem reduzir os impactos das mudanças climáticas.
- E que uma das principais dúvidas foi em relação a qual cor usar para pintar o imóvel.
- Ele, então, decidiu imprimir em 3D modelos em pequena escala de sua casa, completos com níveis semelhantes de isolamento, e pintando-os em cores diferentes.
- E descobriu que o ideal seria pintar de branco no verão e de preto no inverno.
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Invenção foi motivada pelas mudanças climáticas
Para não precisar pintar a casa duas vezes por ano, Joe Doucet decidiu investir num processo chamado de resposta termocrômica. Ele se refere a como as cadeias de cristais líquidos reagem à temperatura atmosférica.
Usando esta tecnologia, o designer desenvolveu uma espécie de pigmento termocrômico contendo os cristais. O resultado foi uma substância que poderia mudar de cor absorvendo a luz ultravioleta acima de uma certa temperatura.

Os primeiros testes foram um sucesso, mas ele logo percebeu que a tinta se degradava lentamente quando exposta à luz solar. Este problema foi resolvido com a ajuda de um aditivo protetor. A tinta assume uma coloração cinza escura abaixo dos 25ºC e fica gradualmente mais clara à medida que a temperatura aumenta.
O produto ainda pode reduzir o consumo de energia nas casas de 15% a 30%. Isso porque as residências com controle térmico aprimorado dependem menos de equipamentos como ar-condicionado no verão e de aquecedores no inverno. A ideia é que a nova tinta fique disponível para o público em cinco a dez anos.
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