DeepSeek: atualização da IA aumentou censura da China, dizem testes

A nova atualização do DeepSeek tem dado o que falar. O modelo de inteligência artificial R1 é capaz de executar cálculos matemáticos mais complexos, além de raciocínios lógicos mais eficazes e com uma menor incidência de respostas incorretas.

No entanto, a ferramenta evitaria responder a perguntas controversas, em particular questões sobre tópicos que o governo da China considera sensíveis. Esta constatação aumenta as críticas relacionadas à IA chinesa.

Versão R1-0528 é menos permissiva com alguns tópicos

Testes conduzidos pelo desenvolvedor pseudônimo por trás do SpeechMap, uma plataforma que compara como diferentes modelos de IA tratam assuntos sensíveis e controversos, apontaram que a versão R1-0528 do DeepSeek é “substancialmente” menos permissiva. Em outras palavras, o experimento destacou que a ferramenta sofreria maior censura do governo chinês.

Versão R1-0528 seria mais controlada por Pequim (Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock)

É importante destacar que os modelos de IA são obrigados a seguir rigorosos controles de informação na China. Uma lei de 2023 proíbe a geração de conteúdo que “prejudique a unidade do país e a harmonia social”, o que poderia valer para qualquer informação que contrarie as narrativas históricas e políticas do governo.

Segundo o DeepSeek, a versão R1-0528 teria uma capacidade de raciocínio semelhante aos modelos o4 mini e o3 da OpenAI e ficaria à frente de rivais do setor como o Grok 3 mini, da xAI, e do Qwen 3, do Alibaba. As informações são do portal TechCrunch.

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Lançamento do DeepSeek foi um marco

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados surpreendentes.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.

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