A OpenAI lançou o o3-pro, o modelo de inteligência artificial (IA) mais avançado da empresa no momento. É como se fosse um novo cérebro para o ChatGPT. No mesmo dia, o CEO da startup, Sam Altman, anunciou o adiamento do lançamento de um modelo de código aberto, no estilo DeepSeek.
Para quem segue a OpenAI e Altman no X, a terça-feira (10) foi um dia agitado. Primeiro, a conta oficial da empresa postou um “fio” destrinchando seu novo modelo de IA. Horas depois, Altman escreveu que a startup levaria “um pouco mais de tempo” para lançar modelos de código aberto.
O que muda no o3-pro, segundo a OpenAI
O o3-pro é uma versão turbinada do o3, modelo de IA capaz de “raciocinar” lançado pela startup no começo de 2025. O novo modelo substitui o o1-pro e está disponível para assinantes do ChatGPT Pro e Team. Quem usa as versões Enterprise e Edu ganharão acesso na semana que vem, informou a OpenAI.
Segundo a empresa, o o3-pro tem acesso a ferramentas. Por isso, consegue: pesquisar na web, analisar arquivos, interpretar imagens e personalizar respostas com base em “memória”, por exemplo.
Em avaliações especializadas, os revisores consistentemente preferiram o o3-pro ao o3 em todas as categorias testadas – especialmente em áreas-chave como ciência, educação, programação, negócios e auxílio na escrita.
OpenAI em postagem no X
“Os revisores também classificaram o o3-pro como superior em clareza, abrangência, obediência a instruções e precisão”, acrescentou a OpenAI.
Vantagens e desvantagens do novo modelo de IA da OpenAI
Por um lado, o o3-pro alcançou pontuações impressionantes em benchmarks populares de IA, segundo testes internos da OpenAI.

No AIME 2024, que avalia habilidades matemáticas, o o3-pro teve desempenho superior ao Gemini 2.5 Pro, o principal modelo de IA do Google. O o3-pro também superou o Claude 4 Opus, da Anthropic, no GPQA Diamond, teste de conhecimento científico em nível de doutorado.
Por outro, o novo modelo traz desvantagens e limitações. Uma delas é o tempo de resposta, que tende a ser maior em comparação ao o1-pro. Outras são:
- Chats temporários com o modelo no ChatGPT estão desativados no momento, enquanto a OpenAI resolve um “problema técnico”;
- Não gera imagens;
- Não é compatível com o Canvas (aquele recurso “colaborativo” para escrever).
IA com código aberto fica para depois nos planos da OpenAI
O modelo de IA de código aberto da OpenAI foi adiado. O CEO da empresa, Sam Altman, escreveu, numa postagem no X, que a expectativa é que ele seja lançado “no final deste verão, mas não em junho”.
- Vale explicar: Altman se refere ao verão no hemisfério norte, que começa em 21 de junho e termina em 22 de setembro.
Nossa equipe de pesquisa fez algo inesperado e bastante incrível, e achamos que vai valer muito a pena esperar, mas ainda precisa de mais tempo.
Sam Altman, CEO da OpenAI, em postagem no X
Esse modelo de IA aberto da OpenAI deve ter capacidades de “raciocínio” semelhantes aos de outras linhas da empresa. A meta da startup para esse modelo aberto é superar o desempenho de outros do tipo – por exemplo: o R1, da DeepSeek.

Altman disse, numa postagem no X em 31 de março, que a OpenAI planejava “lançar um novo modelo de linguagem poderoso e (…) aberto, com capacidade de raciocínio, nos próximos meses”.
- No começo de 2025, o CEO disse, no Reddit, que a empresa “discutia” um modelo aberto. E que a OpenAI “esteve do lado errado da história nesse aspecto”.
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Para corrigir essa imagem (e melhorar seu relacionamento com pesquisadores e desenvolvedores), a OpenAI enfrenta uma enorme pressão para lançar um modelo aberto competitivo e com os melhores recursos. Enquanto isso, este nicho fica mais competitivo.
Na terça, a Mistral – outro laboratório de IA conhecido por lançar modelos abertos – divulgou sua primeira linha de modelos de “raciocínio”, chamada Magistral. Em abril, o laboratório chinês de IA Qwen lançou modelos híbridos de “raciocínio” que alternam entre demorar para “pensar” e fornecer respostas rapidamente. A corrida continua.
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