Os lobos-terríveis, conhecidos por sua presença imponente e habilidades de caça, desapareceram há mais de 10 mil anos. Recentemente, a Colossal Biosciences, uma startup de biotecnologia, anunciou um avanço surpreendente: a clonagem bem-sucedida desses predadores extintos. Esta iniciativa não apenas revive uma espécie há muito perdida, mas também abre novas possibilidades para a ciência da conservação. Os primeiros filhotes clonados, chamados Remus e Romulus, nasceram em outubro do ano passado. Esses animais estão sendo criados em um local não revelado nos Estados Unidos, onde recebem cuidados especializados. Apesar de sua juventude, os lobos-terríveis demonstram um comportamento cauteloso e independente, características que os distinguem de outras espécies caninas modernas.
Como foi realizada a clonagem dos Lobos-Terríveis?
A clonagem dos lobos-terríveis foi possível graças a avanços significativos na tecnologia de edição genética. A equipe da Colossal Biosciences começou com a análise de DNA extraído de fósseis antigos, incluindo dentes e crânios datados de milhares de anos. Utilizando a tecnologia CRISPR Cas-9, os cientistas conseguiram reconstituir o genoma dos lobos-terríveis, inserindo-o em óvulos de cães domésticos, que serviram como mães de aluguel. Este processo inovador não apenas trouxe os lobos-terríveis de volta à vida, mas também demonstra o potencial da biotecnologia para a conservação de espécies. A Colossal está explorando a possibilidade de aplicar essa técnica a outras espécies extintas, como o mamute-lanoso e o dodô, ampliando as fronteiras da ciência genética.
Ver essa foto no Instagram
Por que trazer espécies extintas de volta?
A motivação por trás da clonagem de espécies extintas vai além da curiosidade científica. A Colossal Biosciences acredita que ressuscitar essas espécies pode fornecer insights valiosos para a conservação de animais ameaçados atualmente. Ao estudar o processo de clonagem e adaptação de espécies extintas, os cientistas esperam desenvolver estratégias para proteger e preservar a biodiversidade atual. Além disso, a clonagem de espécies como o mamute-lanoso pode ter implicações ambientais significativas. Por exemplo, a reintrodução de mamutes poderia ajudar a restaurar ecossistemas de tundra, promovendo a biodiversidade e combatendo as mudanças climáticas.
Quais são os desafios éticos e ecológicos?
A clonagem de animais extintos levanta questões éticas e ecológicas complexas. O uso de mães de aluguel, como cães, para dar à luz espécies extintas pode envolver riscos à saúde desses animais. Além disso, a introdução de espécies extintas em ecossistemas modernos pode causar desequilíbrios ecológicos, afetando as espécies nativas e suas interações. Apesar desses desafios, a Colossal Biosciences argumenta que os benefícios potenciais superam os riscos. A empresa acredita que a pesquisa genética e a clonagem são ferramentas cruciais para enfrentar a crise da biodiversidade, oferecendo novas soluções para a conservação e a sustentabilidade ambiental. Leia também: Fezes e vômitos fossilizados podem explicar como dinossauros dominaram a Terra
O post Espécie de lobo extinta há cerca de 10 mil anos é recriada em laboratório; veja vídeo apareceu primeiro em Perfil Brasil.
Descubra mais sobre
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.