O câncer de apêndice tem aumentado significativamente entre adultos na faixa dos 30 anos, segundo um novo estudo publicado no Annals of Internal Medicine. A incidência quase quadruplicou em comparação com gerações nascidas na década de 1940.
Apesar do crescimento, os autores deixam claro que ainda se trata de uma doença rara. Ainda assim, a comunidade médica está alerta para o aumento exponencial e busca respostas que possam melhorar a conscientização e prevenção.
As hipóteses sugeridas até agora para a situação apontam para a mudança drástica no estilo de vida, com dietas que priorizam alimentos mais processados, bebidas açucaradas e carnes vermelhas — itens associados ao aumento do risco de câncer.
Além disso, fatores ambientais que passaram por grandes transformações desde a década de 1940 também podem explicar o fenômeno, o que inclui o uso generalizado de plásticos e produtos químicos e as mudanças na qualidade da água, segundo o site Science Alert.
“É importante que encontremos as causas que sustentam essas estatísticas para reverter essa tendência e reduzir a carga da doença”, disse a principal autora do estudo, Andreana Holowatyj, à NBC News.
Tratamentos para câncer de apêndice
Há pelo menos três tratamentos disponíveis para o câncer de apêndice, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). O método escolhido varia de acordo com o tipo, a localização e o tamanho do tumor. As principais técnicas são:
- Aendicectomia (cirurgia de remoção do apêndice), indicada para tratar tumores pequenos;
- Hemicolectomia (cirurgia para remoção do apêndice, do cólon direito e dos linfonodos próximos), indicada para tumores maiores e mais agressivos;
- Citorredução peritonial ou peritonectomia (cirurgia para remoção de outras partes do abdômen), indicada para tumores que se espalham para além do cólon (um segmento do intestino grosso).

A quimioterapia pode ser indicada como terapêutica complementar para prevenir recidivas. Há também a opção de quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC), que é administrada diretamente na cavidade abdominal.
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Diagnóstico desafiador
Um dos grandes desafios da prevenção do câncer de apêndice é a dificuldade de diagnóstico do tumor. Muitas vezes, isso acontece “por acaso” após a remoção do órgão motivada por uma apendicite aguda, de acordo com a SBCO.
A doença também é comumente identificada em exames de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética) solicitados por outros motivos que não a presença do tumor.

A confirmação da doença se dá por biópsia. O tipo e o estágio do tumor são determinados após análise histopatológica, processo fundamental para traçar a estratégia mais adequada de tratamento do paciente.
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