O governo americano anunciou nesta quinta-feira (5) o confisco de milhões em criptomoedas ligadas à Coreia do Norte. Uma pessoa, Sim Hyon Sop, é citada no processo, acusada de lavar dinheiro para o governo norte-coreano.
O texto descreve um amplo esquema da Coreia do Norte para empregar seus cidadãos em empresas estrangeiras. Seus salários, recebidos em criptomoedas, seriam enviados para o próprio governo.
Os EUA apontam que esse dinheiro estaria sendo usado pela Coreia do Norte para financiar seu programa armamentista.
EUA explicam modelo de negócios do governo norte-coreano
Economicamente isolado, a Coreia do Norte está se aproveitando das criptomoedas para acumular dinheiro. Além de diversos hacks, incluindo da Ronin e mais recentemente da Bybit, o governo norte-coreano também criou um esquema para empregar seus cidadãos em empresas estrangeiras.
Segundo relatório do Google, publicado em abril, esses indivíduos têm o objetivo de espionar, roubar dados e causar interrupções maiores enquanto trabalham nessas empresas.
A justiça americana revela que esses salários seriam enviados para o governo norte-coreano. Para isso, eles usariam diversas técnicas para ocultar o rastro das transações.
- Criação de contas com identidades falsas;
- Movimentação de fundos em pequenas quantias;
- Transferência entre blockchains diferentes ou conversão para outras criptomoedas;
- Compra de NFTs como reserva de valor e forma de ocultar fundos ilícitos;
- Uso de contas online baseadas nos EUA para legitimar a atividade;
- Mistura de lucros ilegais para ocultar a origem dos fundos.
Nesta quinta-feira (5), os EUA anunciaram o confisco de US$ 7,74 milhões (R$ 43,3 milhões) em criptomoedas ligadas à Coreia do Norte.
A apreensão está conectada a um caso de 2023 onde Sim Hyon Sop, representante do Banco do Comércio Exterior da Coreia do Norte, é acusado de lavar dinheiro tanto desse esquema de empregos quanto de hacks.
“A investigação do FBI revelou uma campanha massiva de trabalhadores norte-coreanos de TI para fraudar empresas norte-americanas, obtendo empregos com identidades roubadas de cidadãos dos EUA — tudo para que o governo norte-coreano possa contornar as sanções e gerar receita para seu regime autoritário”, comentou Roman Rozhavsky, Diretor Assistente da Divisão de Contrainteligência do FBI.
“A ação de hoje mostra que o FBI fará tudo ao seu alcance para proteger os norte-americanos de serem vítimas do governo da Coreia do Norte, e pedimos a todas as empresas dos EUA que contratam trabalhadores remotos que fiquem atentas a essa nova e sofisticada ameaça.”
Em maio, a corretora de criptomoedas Kraken chegou a divulgar uma entrevista com um norte-coreano que usava uma identidade falsa, ocultando seu nome e origem.
A ação do FBI faz parte de uma iniciativa lançada em março de 2024 para combater essa prática do governo norte-coreano.
Fonte: EUA confiscam milhões em criptomoedas da Coreia do Norte
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