Guerra dos chips: além da tecnologia, EUA apostam na ‘pressão’ para superar China

O mundo está dividido entre Estados Unidos e China. E um exemplo disso são os esforços da Casa Branca para impedir o avanço chinês em setores considerados estratégicos, como o de chips semicondutores e de inteligência artificial.

Para que estas sanções funcionem, no entanto, mais países precisam parar de negociar com Pequim. Em outras palavras, as autoridades norte-americanas têm a tarefa de convencer alguns governos a se afastarem dos chineses.

Trump está ameaçando os países mais alinhados ao governo chinês (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

A bola da vez é o Vietnã

O país abriga importantes centros de operações de empresas de tecnologia como a Apple e a Samsung. Os Estados Unidos pressionam para que as autoridades vietnamitas reduzam o uso de tecnologia chinesa em dispositivos que são montados no país antes de serem exportados.

O governo Trump ameaçou o Vietnã com tarifas de 46%, o que poderia limitar significativamente o acesso de produtos fabricados no país ao seu principal mercado e derrubar o modelo de crescimento orientado para a exportação.

Bandeira da Samsung no Vietnã
País abriga importantes centros de operação, como o da Samsung (Imagem: hyotographics/Shutterstock)

De acordo com reportagem da Reuters, a medida também visa impedir que os vietnamitas vendas produtos como chips de IA para Pequim. A aquisição destes componentes por países terceiros é uma tática adotada pela China para contornar as sanções. Nenhum dos países ou empresas citados se pronunciaram sobre o assunto até o momento.

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Montagem sobre Guerra dos Chips com bandeiras da China e dos Estados Unidos
EUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.

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