A decisão do governo dos Estados Unidos de suspender os limites de exportação de chips de inteligência artificial fabricados no país foi considerada uma vitória da Nvidia. A medida foi anunciada após uma reunião entre o CEO da empresa, Jensen Huang, e o presidente Donald Trump.
O empresário vinha questionando a Casa Branca sobre a adoção de sanções que prejudicavam as companhias norte-americanas e favoreciam Pequim. Ele ressaltou, por exemplo, que a participação de mercado da Nvidia na China caiu de 95% para 50% em razão destas normas.
Regras criadas por Biden foram derrubadas
A chamada Regra de Difusão de Inteligência Artificial deveria entrar em vigor em 15 de maio. Ela impedia que chips de IA fabricados nos EUA fossem vendidos para alguns países sem aprovação do governo norte-americano.
Segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, uma nova legislação sobre o tema será elaborada no futuro. O órgão, no entanto, não forneceu mais detalhes sobre as normas e nem mesmo uma previsão de quando elas poderão ser colocadas em vigor.
De qualquer forma, essa foi uma ótima notícia para a Nvidia. O CEO da empresa, Jensen Huang, afirmou que os controles de exportação para a China foram “um fracasso” e causaram um prejuízo bilionário para as companhias norte-americanas. Segundo ele, estas regras incentivaram a busca por semicondutores da Huawei, além de estimular o governo da China a desenvolver uma indústria doméstica.
“Nossa competição na China é realmente intensa. Eles adorariam que nunca mais voltássemos para lá”, disse Huang. Com a suspensão das regras, a Nvidia agora tentará recuperar parte da fatia de mercado antes dominada pela empresa na China.
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Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
- Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
- O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
- Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
- Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
- Por fim, a Casa Branca anunciou novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.
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