Guga afirma: “Eu faria tudo diferente e não mudaria nada”

Na noite da última terça-feira, 13, o esporte brasileiro eternizou quatro grandes ídolos nacionais no Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Em uma cerimônia emocionante realizada no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, Daiane dos Santos, da ginástica artística, Edinanci Silva, do judô, Gustavo Kuerten (Guga), do tênis, e Afrânio Costa, do tiro esportivo (in memoriam), foram homenageados.

Durante o evento, o SportBuzz conversou com exclusividade com Guga, que, com seu habitual bom humor e carisma, refletiu se mudaria algo em sua trajetória no esporte:

“Vou responder de uma maneira filosófica: eu faria tudo diferente e, ao mesmo tempo, não mudaria nada. Porque o risco de dar errado, nas decisões que tomei sem saber o que de fato iria acontecer, foi parte essencial dos acertos que, de maneira até improvável, conseguimos alcançar. Isso me dá muita convicção”, refletiu.

“Hoje, é claro, a gente tomaria decisões muito melhores. ‘Essa bola eu coloco aqui, já sei que o cara vai pra lá, então jogo do outro lado… é muito fácil’ (risos). Mas, da mesma forma, isso tiraria toda a magia e o encantamento do esporte. E o esporte ensina justamente isso: ‘vou fazer o melhor que posso, vou me dedicar com toda a minha força, todos os dias’. Essa é a grande vitória, isso é o que fica”, continuou.

O tricampeão de Roland Garros também falou sobre o inevitável fim da carreira dos esportistas, e como esse capítulo marca o início de uma nova fase — com suas próprias conquistas e belezas:

“Em algum momento, a carreira também termina, mesmo nos dias de hoje, em que ela pode ser mais longa, com maior longevidade para o atleta. Mas aí vêm outros grandes momentos, situações lindas, maravilhosas… até mesmo os percalços e deslizes, como foi o caso hoje. Tudo isso faz parte do que a gente fazia dentro de quadra, com excelência, acertando e errando também, como qualquer ser humano.”

Para Guga, a verdadeira lição está na trajetória de cada atleta

Guga fez questão de frisar que cada atleta tem uma história única, repleta de conquistas e ensinamentos — e que é isso que deve ser celebrado em noites como a de ontem:

“Acho que essa parte da vida é ainda mais ampla, e é dela que deveríamos tirar os verdadeiros ensinamentos dessa noite. Porque, sim, os ídolos e atletas são referências, os holofotes apontam para eles… mas se a gente parar para pensar, cada trajetória de vida de um atleta olímpico — com ou sem medalha — é única, especial, formidável, maravilhosa. E carrega, no mínimo, uma enciclopédia de aprendizados que a gente pode aplicar no nosso dia a dia. Acho que é isso que o esporte mais colabora. E quanto mais a gente conseguir extrair esse valor, melhor.”

Por fim, ele concluiu sua resposta de maneira poética: “Por isso, volto ao início: não precisa mudar nada. Está tudo maravilhoso. Está sensacional. Mais do que eu sempre esperei.”


 

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