Uma nova pesquisa liderada pela Universidade da Finlândia Oriental e pelo Instituto Meteorológico Finlandês revela que a poluição atmosférica causada por aerossóis tem um impacto maior do que se pensava na regulação do clima.
Segundo o estudo, publicado na Nature Geoscience, essas partículas finas – oriundas tanto de fontes naturais quanto de atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis – estão resfriando o planeta ao modificar as propriedades das nuvens, especialmente as de baixa altitude.
Descobertas do estudo
- O efeito de resfriamento causado por aerossóis teria “neutralizado parcialmente” o aquecimento provocado pelos gases de efeito estufa, como explica a professora Annele Virtanen, uma das autoras do estudo.
- A influência dessas partículas sobre as nuvens é mais intensa do que estimativas anteriores sugeriam, estando no limite superior do que os modelos baseados em satélite previam.
- Os dados foram coletados por longos períodos em estações da rede ACTRIS localizadas em Svalbard e na Finlândia, permitindo uma análise mais precisa da relação entre a presença de aerossóis e a formação de nuvens.
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Modelos climáticos precisam ser mais precisos
O estudo também revelou falhas nos modelos climáticos atuais em representar corretamente essas interações, além de mostrar grande variação entre diferentes simulações.
De acordo com o pesquisador Sami Romakkaniemi, os resultados vão contribuir para o desenvolvimento de modelos climáticos mais precisos, que são essenciais para prever cenários futuros de mudança climática e avaliar o impacto de políticas de redução de emissões.

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