Uma nova pesquisa liderada por Huiqian Lai, doutoranda da Universidade de Syracuse, revela grandes diferenças na forma como chatbots de inteligência artificial respondem a solicitações de conteúdo sexual.
Apesar de muitos modelos serem programados para recusar esse tipo de interação, Lai descobriu que, com insistência, alguns acabam gerando respostas eróticas — especialmente o modelo chinês DeepSeek,, o mais propenso a atender a pedidos de role-play sexual.
O estudo foi publicado no arXiv.
Como cada chatbot testado se saiu
- “A DeepSeek mostrou-se muito mais flexível, enquanto o Claude, da Anthropic, manteve os limites mais rígidos”, afirma Lai.
- O GPT-4o, por sua vez, muitas vezes recusava inicialmente, mas acabava cedendo em etapas posteriores.
- A pesquisadora analisou quatro modelos populares — Claude 3.7, GPT-4o, Gemini 2.5 e DeepSeek-V3 — e os classificou de 0 a 4 conforme seu nível de envolvimento com encenações sexuais.
- A nota 0 indicava recusa total, enquanto 4 representava descrições gráficas com linguagem explícita.

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Descobertas ligam alerta
As descobertas, que serão apresentadas em novembro na conferência da Associação para Ciência da Informação e Tecnologia, chamam atenção para riscos de exposição a conteúdo inapropriado, inclusive por crianças e adolescentes.
“Essas inconsistências mostram falhas nos limites de segurança desses sistemas”, alerta Lai.
Pesquisadores como Afsaneh Razi e Tiffany Marcantonio destacam que equilibrar utilidade e segurança é um dos maiores desafios no design de modelos de IA — especialmente quando envolvem temas delicados como sexualidade e consentimento.

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