Imperador chinês buscava fonte da vida eterna há 2 mil anos

Qin Shi Huang foi o primeiro imperador a unificar o então território da China, em 221 a.C. Mas ele tinha um objetivo muito maior: a busca pela vida eterna. Há quem acredite que o líder chinês acabou morrendo após ingerir poções com mercúrio destinadas a conceder-lhe a imortalidade.

O que os pesquisadores realmente sabem é que ele financiou grandes expedições e experimentos em busca do mítico “elixir da vida”. Elas tinham como destino o leste do Japão, mas uma inscrição recém-descoberta sugere que uma missão semelhante foi realizada para o oeste.

Diversas lendas apontam para a existência de poções que garantiriam a imortalidade (Imagem: Master1305/Shutterstock)

Mensagem descreve a busca pela fonte da imortalidade

Um relatório da mídia estatal chinesa citou uma inscrição encontrada no planalto Qinghai-Tibet. O local fica perto do Lago Zhaling, na província de Qinghai. Essa é uma região de alta altitude na nascente do Rio Amarelo, a mais de 4.300 metros acima do nível do mar e a cerca de 1.500 quilômetros da capital de Qin, Xianyang.

Os arqueólogos descobriram 37 caracteres esculpidos em uma pedra. A mensagem descreveria uma busca real realizada em 221 a.C. Segundo os pesquisadores, o conteúdo diz: “No 26º ano do Imperador Qin Shi Huang, o Imperador despachou os cinco Grão-Mestre Yi, principais alquimistas, para viajar de carruagem para o Monte Kunlun em busca do elixir da vida. Eles chegaram a este local no Jimao [primeiro] dia do terceiro mês. Eles seguiram aproximadamente 150 li (cerca de 75 km) até seu destino final.

Estátua de Qin Shi Huang, imperador obcecado pela imortalidade (Imagem: Tappasan Phurisamrit/Shutterstock)

De acordo com a equipe, a descoberta é fundamental na busca pelo Monte Kunlun, um local mítico supostamente ligado à imortalidade. Apesar dos relatos sobre a existência do local, a verdadeira localização (se é que existe) permanece em debate.

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Busca pela vida eterna sempre fascinou a humanidade (Imagem: CalypsoArt/Shutterstock)

Há quem conteste se a inscrição é real

  • A nova evidência reacende o debate sobre o tema, mas também cria discussões sobre a autenticidade da inscrição.
  • Segundo Liu Zongdi, professor da Universidade de Língua e Cultura de Pequim, o conteúdo da mensagem indica que o imperador escolheu o inverno rigoroso para uma jornada até a nascente do rio.
  • Se isso for verdade, aponta o especialista, ele estava apenas cortejando a morte, o que é difícil de acreditar.
  • Também há discordância sobre a idade da inscrição.
  • Hou Guangliang, geógrafo da Universidade Normal de Qinghai, acredita que ela data da dinastia Yuan, por volta de 1280, e não da era de Qin Shi Huang.
  • Já para Xin Deyong, professor de história da Universidade de Pequim, a inscrição é falsa e não há qualquer elemento novo na discussão sobre a busca pela vida eterna.
  • As informações são do portal Interesting Engineering.

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