Irã corta internet para evitar ataques cibernéticos de Israel

Os conflitos militares na atualidade são muito mais complexos do que já foram um dia. Um exemplo disso são as chamadas guerras cibernéticas, que são travadas sem o uso de armas de fogo e longe dos campos de batalha.

É exatamente o que está acontecendo no Oriente Médio. O governo do Irã anunciou que está limitando o acesso da população à internet e não descarta se desconectar totalmente nas próximas horas. O objetivo é impedir possíveis ataques cibernéticos israelenses.

Autoridades iranianas decidiram cortar conexão do país (Imagem: Maximumm/Shutterstock)

País está quase completamente offline

Durante um comunicado oficial transmitido pela televisão estatal iraniana, um porta-voz do governo explicou que a redução da velocidade de conexão é “temporária, direcionada e controlada, com o objetivo de combater ataques cibernéticos”.

De acordo com a Tasnim, uma rede de notícias afiliada à Guarda Revolucionária Iraniana, a população do país ainda terá acesso ao serviço nacional de internet operado pelo Estado. No entanto, a capacidade de conexão deve ser reduzida em até 80%.

Objetivo é impedir ataques cibernéticos de Israel (Imagem: Aleksandar Malivuk/Shutterstock)

Segundo o portal The Verge, já há relatos de usuários que não estão conseguindo usar aplicativos de mensagens, mapas e, às vezes, até acessar à própria internet. Já a Cloudflare informou que as duas grandes operadoras de celular iranianas estão offline.

Até mesmo as VPNs, ferramentas utilizadas com frequência pela população para acessar sites proibidos pelo regime do país, caso do Facebook e Instagram, estão instáveis. Dependendo da situação das próximas horas, o serviço de internet pode ser totalmente derrubado pelo governo iraniano.

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Bandeiras de Israel e Irã
Ataques entre Israel e Irã estão escalando (Imagem: tunasalmon/Shutterstock)

Aumento das tensões no Oriente Médio

  • O conflito entre Israel e Irã começou na última sexta-feira (13) e já deixou centenas de mortos.
  • Os israelenses bombardearam diversos alvos iranianos, entre eles instalações nucleares, matando, inclusive, alguns líderes do governo do país.
  • Tel Aviv alega que o objetivo dos ataques é acabar com o programa nuclear do Irã.
  • Segundo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, os iranianos podem ser capazes de construir bombas nucleares no futuro próximo, o que ameaçaria a existência israelense.
  • Já Teerã considerou os bombardeios como “crimes de guerra” e garantiu que não pretende construir armas nucleares.
  • O país retaliou lançando mísseis contra as principais cidades de Israel.
  • O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ainda disse que os ataques terão “consequências irreparáveis”.

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