A Polícia de Israel com o serviço de segurança interna do país, o Shin Bet (Shabak), prendeu nos últimos dias três pessoas suspeitas de espionar locais estratégicos no país a mando do Governo do Irã recebendo pagamentos até em criptomoedas.
Por conta da periculosidade das investigações, as autoridades não revelaram muitas informações. Mas a idade dos convocados mostra que pessoas jovens têm aceitado os serviços.
Com ambos os países em conflito com severa escalada de tensões em junho de 2025, autoridades de Israel indicam que o Irã aumentou a captação de israelenses para serviços de espionagem. As contratações ocorrem pela internet, com a promessa de pagamentos.
No início, os contratados começam realizando pequenos serviços e vão recebendo valores. Contudo, depois o regime iraniano começa a pedir serviços mais perigosos, como localizações militares e fotos de locais estratégicos.
Um dos presos, por exemplo, é um suspeito de monitorar a vida de Amit Yardeni, noiva do filho do Primeiro-Ministro de Israel Benjamin, Avner Netanyahu. Ela mora na cidade de Haifa e teria sido espionada por Dmitri Cohen (28). Com casamento marcado até os últimos dias, Avner já adiou seu casamento por duas vezes pela escalada da guerra com o Irã.
Suspeitos de espionar Israel a mando do Irã receberam pagamentos em criptomoedas; governo iraniano enforcou suspeito pelo mesmo motivo no último domingo
As autoridades de Israel que prenderam os suspeitos de espionar instalações do país a mando do Irã não informaram se algum valor em criptomoedas foi encontrado com os suspeitos. Com informações do Times of Israel.
Mesmo assim, a investigação se concentra em entender o mecanismo de contratação e pagamento para israelenses. Na operação dos últimos dias, vários equipamentos acabaram apreendidos, como notebooks, computadores e smartphones.
A Shin Bet, autoridade de segurança interna que atua em conjunto com a Mossad e AMAM (Inteligência Militar), indicou que as três pessoas presas não possuem ligação entre si. Ou seja, as operações ocorreram de forma isolada.
De qualquer forma, no caso do suspeito de espionagem Dmitri Cohen, morador de Haifa, ele teria recebido 500 dólares por cada tarefa designada. Os pagamentos ocorreram em criptomoedas, direto para carteiras sob seu controle, sugerem autoridades.
Outro preso é um morador da capital Tel Aviv, de apenas 27 anos. Já na região de Sharan, um jovem de apenas 19 anos entrou na mira das autoridades israelenses por supostamente agir a mando do regime iraniano.
Israel já prendeu várias pessoas suspeitas de colaborar com o país rival, mas fontes indicam que poucos receberam condenações. Já no caso do Irã, que anunciou ter prendido três pessoas suspeitas de espionagem desde o início dos conflitos, todos já receberam condenação de morte por enforcamento.
No domingo (22), a agência iraniana de notícias Tasnin News anunciou que Majid Mosayyebi trabalhou para o Mossad em troca de criptomoedas, por isso foi condenado ao enforcamento por “travar guerra contra Deus”. Ou seja, o Irã também acusa Israel de pagar por seus espiões com criptomoedas, com investigações em curso em ambos os países.
Fonte: Israel prende três pessoas suspeitas de espionar para o Irã e receber em criptomoedas
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