Julgamento no STF: responsabilizar redes não resolve, segundo o Google

A favor. Esse é o posicionamento da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que votaram sobre a responsabilização das redes sociais sobre postagens de usuários. Ao G1, o Google disse que isso não resolve o problema.

“Abolir regras que separam a responsabilidade civil das plataformas e dos usuários não contribuirá para o fim da circulação de conteúdos indesejados na internet”, disse a empresa.

STF tem maioria para responsabilizar plataformas por conteúdos de usuários

Atualmente, o placar está em 6 a 1. Quem votou a favor foram os ministros: 

  • Cristiano Zanin;
  • Dias Toffoli (relator);
  • Flávio Dino;
  • Gilmar Mendes;
  • Luís Roberto Barroso (atual presidente do STF);
  • Luiz Fux.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, votou a favor responsabilização das redes sociais sobre postagens de usuários, mas propôs meio-termo (Imagem: Focus Pix/Shutterstock)

O único ministro a votar contra, até o momento, foi André Mendonça. Os demais magistrados lerão seus votos nesta quinta-feira (12).

Além disso, os ministros precisam definir como as plataformas digitais devem proceder. Isto é, de qual forma e sob quais condições elas deverão responder e reparar danos causados por postagens consideradas criminosas.

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  • O que diz este artigo: as plataformas só podem ser responsabilizadas civilmente caso não removam o conteúdo ilícito após ordem judicial.
Ícones de algumas redes socais em um celular
STF julga constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que mexe na circulação de conteúdo nas redes sociais (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

De maneira muito simplista, esse é o carro-chefe da discussão: precisa de uma ordem judicial para remover o conteúdo? Sim ou não? É basicamente essa a pergunta.

Hélio Tomba Neto, advogado, em entrevista ao Olhar Digital.

O neurocientista Álvaro Machado, colunista do Olhar Digital, também falou sobre o julgamento. Além de explicar o que está em discussão no STF, ele comentou sobre o que mudaria na vida do usuário, a depender da decisão final. Assista abaixo:

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