O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, está no modo Nick Fury. Ele quer recrutar os melhores dos melhores para montar um grupo “superinteligente”, revelou a Bloomberg. A missão? Melhorar a inteligência artificial (IA) da big tech dele. Salvar o mundo fica para Fury e seus Vingadores mesmo.
Pesquisadores e engenheiros de IA têm tido reuniões com Zuckerberg nas últimas semanas em suas casas no Lago Tahoe e em Palo Alto, nos EUA, para conversar sobre o tal “grupo de superinteligência”.
Zuckerberg quer que ‘grupo de superinteligência’ faça a Meta ultrapassar outras big techs na corrida da IA
Quando você pensa em usar IA generativa, qual nome te vem à cabeça? Quando você usa, de fato, IA generativa, qual plataforma acessa? Dificilmente as respostas para essas duas perguntas envolvem “Meta AI”. A missão passada ao grupo “superinteligente” por Zuckerberg é mudar isso.
Na visão do CEO, a Meta pode e deve superar outras empresas de tecnologia – OpenAI e Google, principalmente – na corrida para desenvolver a inteligência artificial geral (AGI, na sigla em inglês).
Feito isso, o próximo passo seria colocar essa tecnologia em seus produtos – o que iria além de criar um botão no Facebook, Instagram, WhatsApp para usá-la. Significaria incorporar a AGI num “ChatGPT da Meta” e nos seus óculos inteligentes, desenvolvidos em parceria com a Ray-Ban, por exemplo.
O ‘grupo de superinteligência’
Zuckerberg quer recrutar 50 pessoas – escolhidas a dedo por ele – para esse grupo “superinteligente”. Para você ter ideia do grau de envolvimento dele no projeto, o CEO reorganizou as mesas na sede da empresa, em Menlo Park, para a nova equipe sentar perto dele.
- O desejo do CEO de microgerenciar o recrutamento vem, em parte, da frustração dele com a qualidade e a resposta do público ao Llama 4, a versão mais recente do modelo de IA da Meta para fazer chatbots e outros serviços funcionarem, segundo a Bloomberg.

Zuckerberg está montando essa equipe em conjunto a planos de um investimento bilionário na Scale AI, que oferece serviços de dados para ajudar empresas a treinar seus modelos de IA. Inclusive, o fundador da Scale AI, Alexandr Wang, deve se juntar ao tal grupo após o fechamento do acordo.
Leia mais:
- Meta quer usar IA de um jeito que preocupa quem leva segurança a sério
- Meta AI: como mudar a voz na IA do WhatsApp
- Como criar sua própria inteligência artificial com Meta AI Studio
O que o CEO da Meta oferece para trazer mentes brilhantes ao seu ‘grupo de superinteligência’
O pitch do CEO para pesquisadores, engenheiros e empreendedores cortejados é o seguinte, segundo pessoas familiarizadas com a proposta:
- Diferentemente dos concorrentes, que precisam levantar grandes rodadas de financiamento, o negócio de publicidade da Meta é forte o suficiente para financiar as dezenas de bilhões de dólares necessárias para participar da corrida da IA;
- A Meta tem fluxo de caixa suficiente para financiar um data center de vários gigawatts, o que daria à empresa uma das bases de servidores mais poderosas do mundo.

No entanto, ainda não está claro como esse novo grupo vai trabalhar junto às equipes de IA já montadas na Meta. Alguns funcionários devem ser transferidos, disseram pessoas familiarizadas com os planos. A ver.
O post Mark Zuckerberg quer gente ‘superinteligente’ para turbinar IA da Meta apareceu primeiro em Olhar Digital.