Buracos azuis são formações geológicas belíssimas e misteriosas. Segundo informa o site gringo IFL Science, essas estruturas são relíquias de um período chamado Glaciação Quaternária, quando os níveis do mar estavam 100 metros abaixo do que estão atualmente.
Na época, os buracos azuis eram apenas cavernas de calcário, mas, conforme o nível da água subia, essas fendas foram inundadas. O teto da caverna, então, desabou com o peso da água, tornando o local uma espécie de poço marinho.
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Os cientistas não sabem a quantidade exata de buracos azuis que existem no mundo. Entre os conhecidos, porém, sabemos que podem alcançar profundidades superiores a 100 metros. O buraco de Taam Ja, no México, por exemplo, tem mais de 400 metros de profundidade!
Visualmente, essas formações se caracterizam pelo azul mais escuro em meio à cor natural do oceano. Dentro dele, porém, pouco se sabe. Esses locais passaram a ser explorados mais recentemente, com o avanço da tecnologia.
E uma das principais expedições ocorreu em 2018 no famoso Grande Buraco Azul de Belize.
Um grande e belo cemitério no meio do mar
- O Grande Buraco Azul fica a cerca de 70 quilômetros da costa de Belize, na América Central.
- Ele tem um diâmetro de 318 metros e profundidade de 124 metros, colocando-se como um dos maiores do mundo.
- Uma curiosidade interessante é que a UNESCO já declarou o local como Patrimônio Mundial.
- Além da beleza, ele é lar de espécies de corais, peixes-boi, tartarugas e até o crocodilo americano.
- Mas essas espécies vivem apenas até uma certa profundidade.
- A partir de 90 metros, o oxigênio fica extremamente escasso.
- De acordo com os especialistas, como não há oxigênio, criou-se um verdadeiro “cemitério” de criaturas marinhas mortas que provavelmente nadaram muito fundo, se asfixiaram e afundaram.
- A expedição de 2018 encontrou até mesmo dois esqueletos humanos de possíveis exploradores.
- A equipe até contatou o governo de Belize, mas as autoridades decidiram não retirar os restos mortais.
Um alerta ambiental
Buracos azuis são de grande interesse científico, pois fornecem informações sobre a história geológica da região, a evolução do nível do mar e a adaptação da vida marinha a ambientes extremos. E também servem para nos dar alguns alertas.
Em seu blog de viagem, o bilionário britânico Richard Branson, que esteve na expedição de 2018, escreveu que o Grande Buraco Azul é um lembrete da devastação potencial das mudanças climáticas e do aumento do nível do mar.
A Glaciação Quaternária, quanto a estrutura se formou, foi um período marcado justamente por essa mudanças, há cerca de 2,58 milhões de anos.
Segundo Branson, a ação do homem hoje em dia pode levar a um cenário similar no longo prazo. Outra digital humana dentro da formação geológica foram garrafas plásticas que os exploradores encontraram dentro do Grande Buraco Azul…

Texto feito com base em uma reportagem do Olhar Digital de 18/10/2024.
O post Mergulhadores descobrem cemitério submerso no fundo do Grande Buraco Azul apareceu primeiro em Olhar Digital.