“Mineração de bitcoin está em fase crítica”, diz empresário do setor

O setor de mineração de bitcoin vive um momento decisivo, marcado por transformações estruturais que estão chamando atenção da fase inicial em 2025. É o que afirma Will Baxter, vice-presidente executivo da Braiins Mining, uma das empresas mais conhecidas no fornecimento de soluções para mineradores.

Em uma série de postagens recentes nas redes sociais, Baxter descreveu o que chamou de bifurcação do mercado.

De acordo com ele, apenas os grandes conglomerados industriais e os pequenos mineradores domésticos parecem estar encontrando caminhos viáveis para continuar operando.

O executivo destaca que empresas de médio porte estão desligando suas máquinas aos poucos. Algumas já notificaram a Braiins que suspenderão as operações por tempo indeterminado, alegando que a atividade se tornou economicamente inviável.

Mineração de bitcoin entra em fase crítica de transformação com saída de empresas médias

O principal desafio está no descompasso entre os custos atuais de energia elétrica e a baixa rentabilidade do hash price, métrica que relaciona o valor recebido por unidade de poder computacional.

Segundo Baxter, o mercado agora se divide entre dois extremos. De um lado estão os grandes operadores como Marathon Digital, CleanSpark e Riot Platforms, que conseguem negociar preços vantajosos na compra de equipamentos e garantir tarifas de energia muito abaixo do mercado, com créditos extras por serviços como redução de carga em horários críticos.

Do outro lado, mineradores individuais mantêm algumas máquinas em funcionamento dentro de casa, mais por convicção ideológica ou interesse pessoal do que por retorno financeiro direto.

A mineração doméstica também vem ganhando novas possibilidades com o lançamento de equipamentos mais acessíveis, como o Braiins Mini Miner, Bitaxe, entre outros. Com eles, entusiastas podem minerar sozinhos, mesmo com chances pequenas de sucesso, como em uma espécie de loteria computacional.

A proposta é manter a contribuição à rede de forma descentralizada, mesmo que a escala seja simbólica.

“1/ A indústria de mineração de Bitcoin está entrando em uma fase crítica de transformação. Com o hash price permanecendo baixo, estamos observando uma bifurcação clara no mercado.”

Executivo não se mostra surpreso com novos rumos do setor

Esse cenário, segundo Baxter, não surpreende. Em diversos setores da economia, é comum que empresas muito grandes prosperem, pequenos operadores encontrem nichos e as médias acabem espremidas por margens cada vez menores.

A tendência no setor de mineração de bitcoin segue esse mesmo padrão, na visão do executivo. A previsão do executivo é que a taxa de hashrate global chegue a mil e duzentos exahashes por segundo até o fim do ano, um aumento de cinquenta por cento em relação ao nível atual.

Para que o hash price se mantenha estável nesse novo patamar, o preço do bitcoin teria que subir até US$ 120 mil, ou seja, renovar sua atual máxima que está em US$ 109 mil.

Baxter afirma que, se a tendência continuar, o setor verá maior descentralização geográfica com a expansão da mineração caseira em diferentes regiões do mundo.

No entanto, esse avanço será compensado por uma forte concentração da capacidade industrial nos Estados Unidos, que seguem jogando em outra escala.

No fim das contas, o executivo prevê que apenas os extremos, seja os muito grandes ou os muito pequenos, devem sobreviver nesse novo ciclo da mineração de bitcoin.

Fonte: “Mineração de bitcoin está em fase crítica”, diz empresário do setor

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