Horas após afirmar que removeria a cápsula Dragon de missões conjuntas de SpaceX e NASA, Elon Musk, dono da empresa espacial, voltou atrás. Por volta das 22h20 (horário de Brasília), o bilionário respondeu a um comentário no X, afirmando que “não vamos descomissionar a Dragon“.
Musk vai deixar a NASA continuar usando a Dragon?
- Como frisa a Bloomberg, é difícil dizer, exatamente, o que Musk quis dizer com “descomissionar”;
- A Dragon é importante para a NASA, pois é por ela que os astronautas são levados à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês);
- A declaração original do bilionário veio após Trump ameaçar cortar todos os contratos do governo com Musk — ou seja, os da parceria entre NASA e SpaceX;
- A SpaceX possui contratos antigos com a NASA e foi a primeira empresa privada a mandar uma tripulação para a ISS. Isso ocorreu em 2020;
- Há a expectativa de que a empresa seja peça fundamental da continuidade da missão Artemis, que visa levar os humanos de volta à Lua com o Starship, o foguete mais poderoso já construído;
- O que também está sob dúvida é a missão para Marte. Apesar de Musk querer enviar um foguete ao planeta vermelho já no ano que vem, pode ser que Trump, que, antes, apoiava freneticamente a missão, atue para desacreditá-la.
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E a NASA, se posicionou?
A porta-voz da NASA, Bethany Stevens, foi ao X para indicar a opinião da agência. Ela informou que ela “continuará executando a visão do Presidente” e trabalhar com seus parceiros da indústria.
Como se não bastasse toda essa confusão, o presidente dos EUA desistiu de levar o bilionário Jared Isaacman ao comando da NASA, algo que estava definido desde o ano passado. Isaacman foi o primeiro civil a “caminhar” no Espaço — o “passeio” foi bancado pela SpaceX também no ano passado.
Vale lembrar que, se Musk tirar o “direito” da NASA de usar a cápsula Dragon, seria um duro golpe para as pretensões da agência espacial estadunidense. A espaçonave será importante ao menos até 2030, quando a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) será desmontada em definitivo.

Sem contar que são vários os contratos firmados entre governo e SpaceX. Se Trump cumprir a ameaça de encerrá-los, a agência poderá ver a maioria de seus projetos ruir e China, Rússia, Índia e outros avançando em missões espaciais que a estadunidense está na frente, como a missão Artemis, que visa levar humanos de volta à Lua.
Nesta quinta-feira (5), a NASA levou outro “pancada”: a Casa Branca propôs corte de 25% no orçamento da agência para 2026, comprometendo suas missões.

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