Imagine receber uma mensagem de Mark Zuckerberg te oferecendo um emprego milionário. Parece golpe… mas não é. De acordo com o The Wall Street Journal, o CEO da Meta estaria contatando pesquisadores e engenheiros de inteligência artificial com a intenção de recrutá-los no projeto de ‘superinteligência’ da big tech.
Na semana passada, o Olhar Digital reportou como a Meta está desembolsando boladas milionárias para contratar profissionais e reforçar as equipes dedicadas ao desenvolvimento de IA. Saiba mais aqui.
Pelo jeito, um dos recrutadores é o próprio Zuckerberg, que contatou os profissionais diretamente via e-mail e mensagens no WhatsApp.
Mark Zuckerberg virou RH da Meta
Segundo o WSJ, Zuckerberg estaria enviando mensagens via WhatsApp e e-mail diretamente para os profissionais almejados pela Meta. Alguns deles ficaram tão surpresos com o contato que acharam que era golpe – e não responderam.
E não são apenas e-mails automáticos. As mensagens de Zuckerberg incluem ofertas milionárias de empregos e até discussões sobre a compra de ações de risco e de fatias de startups.
A intenção da Meta é recrutar profissionais qualificados para suas equipes de IA, principalmente para seu projeto de ‘superinteligência’. As mensagens diretas do CEO seriam um “esforço frenético” da empresa para se atualizar nesse mercado.

Meta está avançando na contratação
Uma das grandes contratações da Meta foi Alexandr Wang, fundador da Scale AI, empresa de treinamento de dados para sistemas de inteligência artificial. Wang fará parte do laboratório de ‘superinteligência’ da big tech, que pretende reunir os maiores e melhores talentos do setor de IA.
Para isso, a empresa está oferecendo salários milionários, além de bônus.
A negociação para contratação de executivos do setor está em andamento, mas nem todos os nomes sondados deram certo:
- A Meta tentou recrutar o cofundador da OpenAI, John Schulman, e o cocriador do gerador de vídeos Sora (também da OpenAI), Bill Peebles. Nenhum dos dois aceitou a oferta;
- A empresa também tentou contratar Ilya Sutskever, cofundador da OpenAI, e está discutindo investimentos na startup dele, a IA Safe Superintelligence;
- Negociações em andamento incluem Daniel Gross (CEO da SSI) e Nat Friedman (ex-CEO do GitHub e executivo da Microsoft). A Meta também estaria oferecendo comprar partes do capital de risco deles.

Nem todo mundo que trabalhar na big tech
Apesar dos valores milionários e do contato pessoal com Mark Zuckerberg, nem todos os nomes sondados quiseram fazer parte da equipe de ‘superinteligência’ da Meta.
Entre as ressalvas, estão os desafios no desenvolvimento de inteligência artificial por parte da big tech, incluindo atrasos em lançamentos importantes e incertezas sobre as futuras iniciativas – que levantam dúvidas sobre a capacidade da companhia em alcançá-las.
A confiabilidade dos sistemas também entrou no jogo, já que, em abril, críticos acusaram a empresa de manipular uma tabela de desempenho para inflar os resultados de um modelo recém lançado da Meta.
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Já outros profissionais contatados acharam a proposta de chegar a uma ‘superinteligência’ vaga demais, sem um plano de execução específico. O próprio cientista-chefe de IA da Meta, Yann LeCun, que está na empresa desde 2013, afirmou que é cético em relação à abordagem das desenvolvedoras em chegar a uma superinteligência que supere os humanos – o que e tornaria a divisão ‘superinteligente’ da Meta ainda mais vaga.
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