A corrida armamentista na Europa é real. Após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, diversos países europeus têm aumentado os investimentos no setor militar. Um dos exemplos mais recentes é o da França.
Nesta semana, a Marinha Francesa apresentou oficialmente seu novo submarino de ataque movido a energia nuclear. A embarcação foi transferida para o estaleiro do Naval Group, em Cherbourg, e deve passar por testes no mar em 2026.
França está modernizando sua frota com submarino nuclear
- Chamado de De Grasse, o submarino faz parte do programa Barracuda.
- Este é um esforço de € 10 bilhões (mais de R$ 64 bilhões) que visa substituir as antigas embarcações da classe Rubis por uma frota de seis equipamentos de ataque nuclear de nova geração até 2030.
- O Naval Group é responsável por supervisionar o projeto, além de responder pela construção e a manutenção dos submarinos.
- A empresa também firmou uma parceria com a TechnicAtome para desenvolver e integrar o sistema de fornecimento de vapor nuclear para as embarcações.
- As informações são do portal Interesting Engineering.
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Altamente tecnológico e com grande poder de fogo
Com o programa Barracuda, a França vai garantir um salto geracional em sua capacidade de defesa. Cada submarino pesa cerca de 5.200 toneladas, medindo 99 metros de comprimento e reunindo resistência e flexibilidade multifuncional.
Eles ainda contam com um sistema de propulsão centrado em um reator de água pressurizada. Isso garante uma autonomia de mais de 270 dias, o que permite a realização de longas patrulhas sem a necessidade de voltar para um porto.

As embarcações ainda são equipadas com armas guiadas de precisão, incluindo mísseis de cruzeiro capazes de atingir alvos terrestres a distâncias de mais de mil quilômetros. Também podem carregar mísseis antinavio SM39 Exocet e os avançados torpedos pesados F21.
A França é um dos poucos países do mundo que pode projetar e construir seus próprios submarinos nucleares. As novas adições à frota francesa também prometem aumentar a presença militar da OTAN no Atlântico Norte e no Mediterrâneo. Uma resposta clara ao aumento das tensões na Europa.
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