Um mercado cada vez mais maduro e institucional, que desperta o interesse de players de diferentes tamanhos e também de reguladores, tanto no Brasil quanto em outros países.
É nesse cenário fértil para inovação e repleto de desafios que vai acontecer mais uma edição do Blockchain.RIO, na cidade do Rio de Janeiro, de 5 a 7 de agosto.
E o evento de pré-lançamento, que ocorreu nesta quinta-feira (15) no InovaBRA, em São Paulo, trouxe uma amostra do que espera pelo público dentro de poucas semanas.
Uma das novidades já confirmadas para este ano é o Blockchain Forum Latam, com painéis totalmente em espanhol e dedicados aos players de diferentes países da América Latina, internacionalizando as discussões do Blockchain.RIO.
Também já estão confirmados os seguintes palcos:
- “Cria”, sob os cuidados da CVM (Comissão de Valores Mobiliários);
- Regulation Rocks, com a Fenasbac (Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central)
- Global Finance, com a Abracam (Associação Brasileira de Câmbio), com foco em stablecoins e pagamentos transfronteiriços
“O mercado cripto brasileiro está numa fase muito madura e isso se reflete em atividades como o Blockchain.RIO, que é muito mais do que um evento. Trata-se de um ecossistema de empresas, pessoas e comunidades interligadas entre inovação, regulação, educação e mercado. Estamos nos preparando para um evento muito maior neste ano, com a geração de novos negócios, parcerias, aprendizado e networking. E este pré-lançamento é só um aperitivo do que vem por aí “, disse Francisco Carvalho, CEO e fundador do Blockchain.RIO.
Olho em stablecoins e regulamentação
Entre os temas que apareceram já no pré-lançamento do Blockchain.RIO estão stablecoins, pagamentos transnacionais, tokenização de ativos, regulamentação e autocustódia de criptoativos.
Para o evento principal em agosto o público contará também com assuntos como interoperabilidade, identidade digital, finanças descentralizadas, inteligência artificial, compliance e sustentabilidade.
Sobre as stablecoins, um dos assuntos do momento no mercado, foram dois painéis que destacaram seu crescimento e as possibilidades de negócios que tais ativos propiciam.
“A tecnologia veio para eliminar os intermediários e tornar tudo mais eficiente. Tem vários players no mercado que se complementam e estabelecem parcerias dentro e fora do Brasil. Ainda temos um desafio mercado gigantesco de evangelização, e tudo isso está acontecendo agora”, disse Silvio Pegado, diretor da Ripple para a América Latina e um dos painelistas do evento.
Outro assunto de grande repercussão junto aos meios de comunicação é o da regulamentação dos criptoativos.
Pela legislação brasileira essa função cabe ao Banco Central, que tem promovido consultas públicas para coletar sugestões e impressões de diferentes públicos, incluindo integrantes do mercado, formuladores de políticas públicas, acadêmicos e usuários. Ao mesmo tempo, integrantes do setor cripto ressaltam que essa regulamentação deve ser feita de modo a não sufocar seu potencial de inovação.
“O Banco Central tem um desafio muito grande de regular de forma local algo que nasceu para ser global. É muito positivo a abertura de diálogo com diferentes atores por meio das consultas públicas para regular o setor cripto. Ao mesmo tempo, precisamos levar em conta os riscos caso não se encontre um equilíbrio entre a regulamentação e o fomento à inovação”, ressaltou Marina Fagali, gerente de Relações Público-Institucionais do Grupo Chiliz.
O Brasil e o Blockchain.RIO
Criado em 2022, o Blockchain.RIO se consolidou como o principal encontro da comunidade Web3 no país.
A edição de 2025 será realizada em dois espaços: a Casa Camolese, no Jardim Botânico, receberá no dia 5 um evento exclusivo para lideranças, investidores e patrocinadores; já nos dias 6 e 7, o Expo Mag, no Centro do Rio de Janeiro, sediará a feira de negócios, os conteúdos técnicos, as experiências imersivas abertas ao público. A expectativa é de atrair um público de mais de 20 mil pessoas.
A realização do Blockchain.RIO acontece em um contexto em que o Brasil desponta como um dos países mais avançados em regulação e adoção de criptoativos no mundo.
Segundo o relatório Global Crypto Adoption da Chainalysis, a América Latina representa 9,1% da adoção global, com o Brasil ocupando a nona posição mundial em usuários e liderando o número de fintechs cripto na região.
Em 2025, o Blockchain.RIO amplia sua atuação com o programa Blockchain on the Road, que leva conteúdo sobre Web3 e criptoativos para universidades de todo o Brasil.
A iniciativa começou em março e se estenderá até o mês de junho, totalizando 17 instituições de ensino superior em 12 cidades — incluindo São Paulo, Recife, Curitiba e Florianópolis. — e deve impactar cerca de 2.500 estudantes com foco na formação de novos talentos.
Blockchain.RIO
O Blockchain.RIO é o principal evento da América Latina voltado à tecnologia blockchain, Web3, finanças digitais e inovação.
Desde 2022, ele reúne líderes empresariais, especialistas, representantes governamentais, startups e comunidades tecnológicas para promover negócios, educação, networking e geração de valor em setores estratégicos da economia.
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